sábado, 20 abril 2024

Ex-ministros aproveitam ‘onda’ e surpreendem

Ao todo, 14 ex-integrantes do governo Bolsonaro concorreram domingo e 11 deles tiveram sucesso  

Ex-ministros do presidente Jair Bolsonaro (PL) entraram na onda que impulsionou candidatos conservadores e, com isso, conseguiram se eleger para cargos no Congresso ou avançaram nas disputas por governos estaduais. Ao todo, 14 ex-ministros aliados a Bolsonaro concorreram, neste domingo (2), a cargos eletivos, como deputado federal, senador e governador.

Além desses, alguns ex-integrantes do primeiro escalão de Bolsonaro e que romperam com o ex-chefe, como Luiz Henrique Mandetta (União Brasil) e Sergio Moro (União Brasil), também concorreram a cargos eletivos (apesar do distanciamento, Moro flertou com o bolsonarismo na campanha).

O resultado das urnas foi favorável para 11 ex-ministros que continuam alinhados ao presidente. No grupo dos 14 ex-titulares, 3 não conseguiram se eleger nem avançar para eventual segundo turno. Além dos cargos no governo federal, os ex-ministros contaram com o apoio de Bolsonaro –que divulgou a candidatura deles em redes sociais e, em alguns casos, participou de atos políticos nos redutos eleitorais de aliados.

Três ex-ministros concorreram ao comando estadual. Ex-titular da Cidadania, João Roma (PL) tentou o governo da Bahia, mas foi o único desse grupo que não conseguiu avançar para a disputa de segundo turno. Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministro da Infraestrutura, largou na frente na corrida pelo governo de São Paulo, que foi para o segundo turno -contra Fernando Haddad (PT).

Na disputa no Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni (PL) também foi para o segundo turno contra Eduardo Leite (PSDB). Pesquisas de intenção de voto indicavam que Tarcísio e Onyx avançariam para a segunda fase do embate, mas na segunda colocação. No governo Bolsonaro, Onyx chegou a comandar quatro pastas: Casa Civil, Cidadania, Secretaria-Geral, e Previdência e Trabalho. Ele está no quinto mandato como deputado federal.

Tarcísio deixou o Ministério da Infraestrutura, trocou o domicílio eleitoral do Rio para São Paulo e foi uma das principais apostas de Bolsonaro para conseguir um palanque eleitoral competitivo e eleger um aliado no estado mais populoso do país. Roma comandou a pasta da Cidadania durante o lançamento do Auxílio Brasil, programa de transferência de renda com a marca de Bolsonaro. Meses depois, Roma deixou o posto para concorrer ao governo da Bahia, mas, com 99,72% das urnas apuradas, ele conseguiu apenas 9,09% dos votos válidos e ficou de fora da disputa de segundo turno. Ele atualmente ocupa uma vaga de deputado federal, cujo mandato se encerra no início de 2023.

Seis ex-ministros de Bolsonaro concorreram a vagas no Senado. Apenas dois não venceram a disputa -a ex-ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL); e Gilson Machado (PL), ex-ministro do Turismo e que ficou conhecido como o sanfoneiro de Bolsonaro.

A corrida pelo Senado no Distrito Federal, onde o bolsonarismo tem força, foi entre duas ex-ministras -Flávia Arruda e Damares Alves (Republicanos). Damares, ex-titular da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, foi eleita com 44,98% dos votos.

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