quinta-feira, 18 abril 2024

G7: ‘Nunca reconheceremos referendos de hoje, passo para a anexação russa

Grupo dos sete países mais poderosos condena com veemência ações de Putin que violam carta da ONU 

CRÍTICA | Polícia detém manifestante russo que protestava contra a Guerra na Ucrânia (Foto: Reprodução)

O Grupo dos Sete (G7), que reúne as principais forças econômicas e políticas do mundo, afirmou nesta sexta-feira, 23, que nunca reconhecerá os referendos que estão acontecendo em regiões na Ucrânia ocupadas pelos russos.

“Nós condenamos veementemente os falsos referendos que a Rússia tenta usar para criar um pretexto falso para mudar o status do território soberano ucraniano. Essas ações violam claramente a Carta das Nações Unidas e o direito internacional e vão diametralmente contra o estado de direito entre as nações”, diz o grupo, em comunicado.

O texto ainda destaca que os referendos iniciados nesta sexta não têm nenhum efeito legal ou legitimidade. “Esses referendos em áreas que foram colocadas à força sob o controle temporário da Rússia não representam de forma alguma uma expressão legítima da vontade do povo ucraniano, que resistiu consistentemente aos esforços russos para mudar as fronteiras pela força”, defende o G7.

As votações estão sendo realizadas em Luhansk, Zaporizhzhia e Donetsk. Em Kherson, que é quase totalmente controlada por Moscou, a votação também deve começar na manhã de sexta-feira. Os pleitos orquestrados pela Kremlin são vistos como um passo para anexação dos territórios. Os ucranianos e aliados denunciaram o processo como uma farsa com uma força sem qualquer força legal.

O Grupo ainda pediu a todos os países para que rejeitem esses referendos. “Estamos prontos para impor mais custos econômicos à Rússia e a indivíduos e entidades – dentro e fora da Rússia – fornecendo apoio político ou econômico às tentativas ilegais da Rússia de mudar o status do território ucraniano”, acrescenta.

UNIÃO EUROPEIA
O presidente do Conselho Europeu da União Europeia, Charles Michel, criticou a Rússia por sua guerra “não provocada injustificável” contra a Ucrânia. Durante discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, Michel afirmou que as “sanções econômicas massivas tornaram-se inevitáveis”, nesse contexto, e ressaltou que Moscou tem prejudicado exportações de alimentos e fertilizantes, o que exacerba problemas já existentes nos países mais pobres. Michel disse que “ninguém na Europa queria um conflito com a Rússia”. Ele ainda declarou que o “auge do cinismo” da Rússia é o país agora ameaçar não renovar um acordo que foi fechado para permitir a circulação de alimentos. “A Rússia precisa começar a se retirar da Ucrânia e a liberar seus portos”, defendeu. A autoridade da UE ainda destacou o risco de a Rússia ameaçar usar armas nucleares. Além disso, ainda pediu à China que “participe nos esforços sinceros pela paz”.

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