Andrey Arshavin afirmou ser contrário à presença de ‘pessoas de outras nacionalidades’ entre convocados
Um dos ídolos recentes do futebol russo, o ex-jogador Andrey Arshavin afirmou ser contra a naturalização de jogadores de outros países para atuar na seleção do país. Em uma entrevista ao jornal russo KP Sport, ele cita, principalmente, os nomes dos brasileiros Malcom e Claudinho (ambos do Zenit), que estariam próximos de conseguir a dupla nacionalidade, o que abriria a possibilidade de eles atuarem pela seleção da Rússia.
“Sou contra a naturalização. Acho que os russos deveriam jogar pela Rússia, não brasileiros e pessoas de outras nacionalidades com passaporte russo” — afirmou Arshavin.
Em seguida, ele critica o caso mais recente de naturalização de um atleta que atuou pela seleção do país. Revelado como zagueiro pelo Grêmio em 2008, Mario Fernandes se transferiu para o CSKA Moscou em 2012. Anos depois, ele obteve a cidadania russa e pode atuar pela seleção.
Mario Fernandes jogou bem? E daí? Acho que ele não deveria ter jogado — afirmou Arshavin.
O lateral brasileiro, porém, se tornou um ídolo no país, onde atuou até o meio deste ano, quando decidiu interromper o contrato com o CSKA. Ele conta que pediu ao presidente e ao diretor do clube para passar um período no Brasil, e disse ter sido tratado como “filho” pelos dirigentes.
Ele destacou, também, que a saída não se devia a problemas políticos (sem citar diretamente a invasão da Rússia na Ucrânia) e que estaria disposto a voltar caso sinta que poderia ajudar o clube.
“Eu queria agradecer aos torcedores por todo carinho que tiveram comigo, me apoiando sempre nos momentos bons e nos momentos ruins. […] São treze anos como jogador profissional, dez anos jogando aqui na Rússia, no CSKA. É bastante tempo, e agora é o momento para eu ficar com a minha família. O meu filho vai nascer no Brasil em setembro, outubro, e eu queria acompanhar o nascimento dele — disse o jogador, em vídeo divulgado nas redes sociais do clube”.
Antes da longa passagem pelo clube, o jogador havia recusado uma convocação para a seleção brasileira, enquanto ainda atuava pelo Grêmio. Em 2011, após entrar na lista do então treinador do Brasil, Mano Menezes, para a disputa do Superclássico das Américas, contra a Argentina, o atleta decidiu não se apresentar.
Na ocasião, o empresário do jogador, Jorge Machado, afirmou que a recusa seria em decorrência de “motivos pessoais”.
Com informações OGLOBO.