quarta-feira, 24 abril 2024

Indústrias da região apontam queda no faturamento com novo lockdown

Avanço da Covid e aumento de restrições na China já afetam empresas

Ciesp | Anselmo Riso, diretor de Comércio Exterior (Foto: Divulgação)

Além da guerra de Rússia e Ucrânia, o novo lockdown na China já impacta negativamente as indústrias da RMC (Região Metropolitana de Campinas), de acordo com pesquisa do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo).

Para 35% das indústrias que compreenderam o levantamento, esse cenário provoca diminuição do faturamento. Para 29% das indústrias que responderam a pesquisa do Ciesp, há queda no volume de produção. A unidade do Ciesp em Americana informou que a situação é semelhante nas indústrias locais. A redução no faturamento e na produção é generalizada na região, e inclui, além de Americana, cidades como Sumaré e Hortolândia.

O Ciesp Campinas, órgão que fez a pesquisa com 40 indústrias regionais, aponta o novo lockdown na China – que passa por nova onda de Covid-19 – como uma das maiores preocupações da indústria regional para os próximos meses. “O lockdown nas grandes cidades chinesas (…) trouxe mais problemas para as cadeias de abastecimento globais”, disse o diretor da instituição, José Henrique Toledo Corrêa. A China teve em março seu maior lockdown desde o início da pandemia.

Outra preocupação recorrente é a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que começou em fevereiro e não tem previsão de fim. “A guerra que imaginávamos que seria de duração curta, de certa maneira ajudou a diminuir o aquecimento da economia aqui na nossa região. A Sondagem do Ciesp de abril mostra que as empresas e empresários estão receosos em retomar atividades”, disse Anselmo Riso, diretor do Departamento de Comércio Exterior da organização.

O acúmulo de contêineres parados nos portos chineses de cidades como Xangai pode comprometer as escalas produtivas, de acordo com Riso. A retenção de contêineres provoca aumento nos custos dos fretes de cargas e deve afetar setores da economia mundial nas próximas semanas ou meses, segundo o diretor.

Para 65% das empresas, a variação da taxa de câmbio é uma das preocupações. Os reflexos geopolíticos do conflito Rússia e Ucrânia foram apontados por 18% das associadas. A taxa de inflação e a instabilidade causada pelas eleições ficaram empatadas na terceira posição, com 6% das respostas.

Receba as notícias do Todo Dia no seu e-mail
Captcha obrigatório

Veja Também

Veja Também