O ex-presidente da República Michel Temer (MDB) foi preso na manhã desta quinta-feira (21), em São Paulo, pela força-tarefa da Operação Lava Jato do Rio de Janeiro. Além dele, o ex-ministro de Minas e Energia Moreira Franco (MDB), um dos braços-direitos do ex-presidente durante o Governo Temer, foi preso no Rio de Janeiro há pouco.
Os dois mandados de prisão preventiva (sem prazo para terminar)foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro (o mesmo que comanda o caso contra o ex-governador Sérgio Cabral, que está preso).
Segundo informações preliminares, a prisão pode ter a ver com o desdobramento do inquérito do Portos e também da Eletronuclear por pagamento de propina e desvio de dinheiro na construção de Angra 3 a políticos do MDB.
Temer, enquanto presidente tinha foro privilegiado. A partir do momento que saiu da presidência ele mesmo sabia que poderia ser preso a qualquer momento. Ele foi denunciado em dez inquéritos que foram desmembrados e correm em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
PF (Polícia Federal) buscava a localização de Michel Temer desde quarta-feira (20). Hoje, quando os policiais perceberam a movimentação na casa do ex-presidente, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Um carro chegou e saiu levando o ex-presidente. Os policiais seguiram o veículo por parte do percurso, fez a abordagem e deu voz de prisão.
Temer foi direto para o aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, onde está o avião da PF que irá levá-lo para a sede da Polícia Federal do Rio de Janeiro.
A Operação cumpre oito mandados de prisão preventiva contra Temer, Moreira Franco e Coronel João Batista Lima, amigo pessoal do ex-presidente. A prisão também foi baseada na deleção premiada de do doleiro Lúcio Funaro, que seria o operador do MDB, e o dono da Engevix, José Antunes Sobrinho .
Uma coletiva de imprensa deve detalhar ainda hoje os motivos que levaram à prisão.
