sábado, 20 abril 2024

Pré-candidatos de Americana defendem adiamento da eleição

A maioria dos pré-candidatos a prefeito de Americana ouvidos pelo TodoDia é a favor do adiamento da eleição devido à pandemia do novo coronavírus e as incertezas sobre a duração da crise sanitária. 

Pré-candidata à prefeitura pelo PSD, Talitha De Nadai disse que é favorável que haja um planejamento responsável para organização das eleições municipais, com possibilidade de mudança de data dentro deste ano, criando meios para que os cidadãos votem sob a proteção recomendada pelos órgãos de saúde. 

“Teremos que evitar aglomerações, como as longas filas em frente das seções eleitorais e aplicar as regras de proteção e higiene que já conhecemos”, avaliou Talitha. 

Vice-prefeito e presidente do PSDB, Roger Willians, também cotado para a disputa, é a favor do adiamento. “Nós do PSDB somos favoráveis sim às mudanças da data das eleições de 4 de outubro para prazo mais adiante. O importante é as eleições acontecerem em clima ameno, do ponto de vista de segurança sanitária e saúde pública, para que os prazos eleitorais e as convenções não sejam prejudicados pelo estado de pandemia. Somos contrários a postergar mandato para ano que vem. O partido trabalha com esta hipótese”, disse Roger. 

Pré-candidato a prefeito pelo PSol, Adriano de Oliveira Silva também se manifesta a favor do adiamento. “Sou favorável se for feito com o intuito de garantir condições iguais para as campanhas. Como está atualmente a tendência é a manutenção dos grupos que já estão em posse do poder e que tem estrutura de campanha”, afirmou. 

O presidente do diretório do PT, Francisco Silva, acredita na postergação. “Sempre defendemos a preservação das vidas em meio à pandemia com o isolamento social. Acreditamos que até novembro é possível sim estabelecermos os protocolos necessários para que o processo eleitoral ocorra, sem a prorrogação de mandatos”, disse. 

A pré-candidata Mariana Giovana Fortunato (PDT) defende uma data ainda este ano. “Somos favoráveis aos poderes seguirem as recomendações dos sanitaristas em relação ao prazo mais seguro, desde que seja ainda este ano, e também ao modelo que evite aglomerações e proteja a saúde dos cidadãos”, disse a pedetista. 

O vereador Odair Dias (PROS) entende que não deveria haver eleição neste ano, pois os valores empregados no processo eleitoral são bilionários e provenientes de recursos públicos. 

“Esses valores necessitam ser empregados prioritariamente na preservação da vida humana e apoio à indústria e comércio, mantendo e gerando empregos neste momento. Além disso, seria irresponsável desconsiderar a periculosidade da Covid-19 e, sendo assim, em métodos e horários convencionais de votação estaríamos expondo, em apenas um dia, um altíssimo percentual da população ao risco do vírus”, avaliou. 

O pré-candidato Chico Sardelli (PV) acredita que há condições da eleição acontecer na data prevista. “Independentemente da data, as eleições devem acontecer este ano para proteger a democracia. A prorrogação será uma boa alternativa se a pandemia tomar níveis ainda mais alarmantes e só as estatísticas nos dirão o caminho mais adequado. A princípio, acredito que podemos manter as eleições na data prevista”, disse Sardelli. 

O vereador Marco Antonio Alves Jorge, o Kim (Solidariedade), também pré-candidato, disse que confia e torce para que seja adotada uma decisão coerente a respeito da data do pleito. 

“Nós temos sim que confiar e torcer para que seja adotada a decisão mais coerente, mais correta que permita segurança institucional, que as eleições possam ser realizadas com tranquilidade e apuradas e proclamados os resultados sem colocar em risco a segurança da população por conta da pandemia”, afirmou Kim. 

CAMPANHA TERÁ DE SE ADAPTAR À REALIDADE 

À espera da definição sobre o adiamento ou não das eleições, os postulantes à Prefeitura de Americana se organizam para a campanha e negociam a formação das chapas. 

“Não acredito que a realização das eleições na data prevista inviabilize as campanhas. O que devemos fazer é encontrar novas maneiras de chegar até as pessoas interessadas em conhecer mais sobre os candidatos”, opinou o pré-candidato Chico Sardelli (PV). 

Para Talitha De Nadai, está tudo dentro do seu tempo. “Entretanto, as campanhas se realizarão através de recursos do Fundo Partidário e de doação das pessoas. A crise econômica pode sim afetar, mas não prejudicará o mais importante: conversar com a população, seja à distância ou presencial”, afirmou Talitha. 

Segundo Roger William, o plano de governo do PSDB está desenhado e as coligações estão sendo conversadas. Ele lembrou que podem ser realizadas convenções virtuais, já autorizadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) neste ano. 

Adriano de Oliveira Silva   disse que fará uma campanha construída com trabalho voluntário dos militantes e poucos recursos. 

Para Maria Giovana, a pandemia afeta na campanha eleitoral. “Sem dúvidas é um ano atípico, mas acreditamos que devemos nos adaptar aos novos tempos. A campanha de rua também será afetada. Mas devemos nos adaptar. É a realidade atual”, afirmou 

“Acredito que em relação às verbas, escolha do vice e coligações pouca coisa vai mudar. O problema seriam as convenções, no entanto o TSE já autorizou convenções virtuais”, avaliou a pré-candidata do PDT.   

SAIBA MAIS 

Na próxima terça-feira (23), o Congresso Nacional votará a Proposta de Emenda à Constituição 18/2020, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que prevê o dia 6 de dezembro como nova data para o primeiro turno das eleições. Mas o dia 15 de novembro é outra possibilidade discutida pelos parlamentares. O consenso, até agora, é que as eleições serão realizadas ainda neste ano. Segundo a Agência Brasil, a maioria dos senadores não considera viável prorrogar o mandato de prefeitos e vereadores, o que ocorreria se o pleito municipal ficasse para o ano que vem, ou até mesmo para 2022, coincidindo com as eleições estaduais e nacionais. 

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