quarta-feira, 24 abril 2024

Preços abusivos lideram denúncias no Procon

Denúncias de abuso de preço na região lideram as reclamações registradas nos últimos dias pels Procons (Programa de Defesa e Proteção do Consumidor) de Hortolândia, Nova Odessa e Santa Bárbara. Mercados, farmácias e depósitos de gás foram citados dentre as denúncias recebidas pelos órgãos de fiscalização desde o início da pandemia do coronavírus.

A Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Assuntos Jurídicos, à qual está vinculado o Procon, informou que tem recebido “denúncias de consumidores e feito fiscalização referente à prática de preço abusivo ou aumento de preço sem motivo justo de produtos básicos, tais como arroz, feijão, leite, óleo, entre outros; hortifrútis; álcool em gel; e máscaras cirúrgicas”.

De acordo com o órgão, até ontem 28 empresas foram notificadas, uma empresa varejista foi multada e foram recebidas 69 denúncias.

Em Nova Odessa, o advogado José Pereira, diretor do Procon, revela que o órgão recebeu 120 reclamações e denúncias de abusos de preços, principalmente álcool em gel, ovo, feijão e leite.

Todas as empresas foram notificadas a justificar o aumento. “Também tivemos muitas reclamações com relação a preço de gás de cozinha”, conta.

Em Santa Bárbara, o Procon relata que desde o dia 25 de março já registrou cerca de 170 denúncias via telefone e e-mail devido ao aumento de forma geral de preços de produtos básicos.

Essas demandas estão sendo encaminhadas à regional de Campinas, que lavra as notificações e envia aos estabelecimentos.

Quando necessário, a orientação é para que o consumidor abra uma ocorrência no site do Procon (www.procon.sp.gov.br), que realiza o monitoramento estadual desse tipo de ocorrência. Dúvidas poderão ser esclarecidas pelos telefones (19) 3455-5779 e (19) 3455-7345 ou pelo e-mail procon@santabarbara.sp.gov.br.

As prefeituras de Americana e Sumaré foram questionadas, mas não responderam.

Mercado não aumentou margem, diz Apas

A Apas (Associação Paulista de Supermercados) ressaltou em nota que trabalha para evitar preços abusivos e informa que os supermercados não aumentaram a margem de lucro e não definem os preços dos produtos, apenas repassam o custo dos produtos que adquirem da indústria.

“Por isso, os recentes aumentos verificados em alguns produtos, nos últimos dias, podem ocorrer em função da variação de matérias-primas e insumos”.

Segundo a associação, os principais produtos com elevação de preços são leite (36,4%), feijão (50,3%), alho (18%), batata (64,5%), arroz (9,8%), molho de tomate (32,55%), limão (72,1%) e cebola (36%).

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