quinta-feira, 25 abril 2024

Prisão preventiva: acusado da morte de Russo havia escrito ‘serviço do Uno’ em caderno

Foram encontrados documentos que apontam que empresário suspeito tinha participação em licitação 

A Justiça apontou que o acusado tinha escrito em um caderno os dizeres “serviço do Uno” previsto para 7 de janeiro, 30 dias depois do assassinato (Foto: Reprodução)

O empresário do ramo de asfalto P.S.S., de 52 anos, acusado de participar da morte do ex-secretário de Governo de Nova Odessa, Marco Antonio Barion, o Russo, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça nesta semana. Santana havia sido preso temporariamente há cerca de dois meses depois de uma operação do Deic (Delegacia Especializada de Investigações Criminais) de Piracicaba no condomínio do suspeito, que é o mesmo onde Russo morava, no Jardim Marajoara, em Nova Odessa.

A Justiça apontou que o acusado tinha escrito em um caderno os dizeres “serviço do Uno” previsto para 7 de janeiro, 30 dias depois do assassinato. Russo foi executado com 13 tiros em 6 de dezembro do ano passado por uma dupla que fugiu em um Uno branco.

Documentos foram localizados no imóvel do suspeito apontando que ele tinha participação em licitações. Informação essa inicialmente refutada pelo suspeito, que também teve encontradas conversas via celular supostamente se referindo a Russo como “cara que ia dar a obra para nós”.

O Judiciário falou em falta de cooperação do acusado com as investigações e que a prisão se faz necessária para “garantia da ordem pública”.

Em março deste ano, o empresário teve a prisão temporária prorrogada pela Justiça atendendo a um pedido do DEIC, uma vez que é suspeito de informar os assassinos que mataram Russo com 13 tiros. O empresário mora no mesmo condomínio de Russo e as vagas de garagem dos dois ficavam próximas.

A delegada do DEIC Juliana Ricci disse que o empresário seria a pessoa que avisou que a vítima estaria saindo do condomínio para que os executores pudessem praticar o crime.

Câmeras de segurança revelam que o empresário deixou o condomínio com uma Toyota Hillux SW4 branca e aparece atrás do carro de Russo na hora do assassinato.

No dia da prisão do acusado, a polícia achou R$ 27 mil em dinheiro no apartamento dele. Ele nega participação na execução.

Questionada a defesa do acusado emitiu a seguinte nota:

“Lamentavelmente, esse é mais um daqueles casos, que se prende a pessoa errada, apenas como meio de satisfação para sociedade. Na realidade, P. é inocente, não presta serviços à Prefeitura de Nova Odessa, aliás, ele sequer tem CNPJ no ramo de obras. A vida do P. foi virada de ponta cabeça e nada, repito nada de concreto foi encontrado contra ele. Coisas absurdas aconteceram neste caso. Veja, a polícia prendeu o P., porque ele recebeu mensagem no WhatsApp da matéria jornalística da morte da vítima. Isso é um absurdo!!! Enfim, não existe nenhuma prova de ligação dele com a vítima. Testemunhas relataram que eles sequer se conheciam. Enfim, um inquérito sem qualquer fundamento fático jurídico. Estão arruinando com a vida de um homem inocente. Entretanto, acreditamos na justiça.”

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