sexta-feira, 19 abril 2024

Riqueza que vem da terra

Cidade orquídea, mas também a terra do tomate. Em meio a uma região tomada por indústrias, Sumaré se destaca por ter em sua área rural o sustento de inúmeras famílias. “Cerca de 50% da área de Sumaré é rural, o que acaba colaborando para esta vocação”, explica o presidente da AEAS (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sumaré), engenheiro agrônomo Valdemir Aparecido Ravagnani, o Mimo.
Além do clima ameno, sem muita umidade, e a altitude média, o tipo de solo existente na região favorece o plantio. “Inclusive em Sumaré, os produtores conseguem duas safras no ano, algo possível em poucas regiões”, continuou.
Mimo destaca que o fato da cidade ter na área rural seu desenvolvimento não significa, no entanto, que o município “parou no tempo”. “Muito tem se investido em tecnologias, como irrigação por gotejamento – que economiza água e energia-, novas técnicas de adubação, entre outros investimentos”, disse.
Sumaré tem cerca de 400 hectares de sua área voltados para a produção de tomates. São cerca de 1,6 milhão de caixas comercializadas anualmente, o que resulta em um faturamento médio de R$ 48 milhões. O desenvolvimento rural reflete, e muito, na economia da cidade. “A área rural de Sumaré emprega muita gente. E estas pessoas, além de funcionários, geralmente têm participação nos lucros dos produtores, o que colabora para a geração de renda”, explicou o engenheiro.
TERRA DE OPORTUNIDADE E TECNOLOGIAS
O produtor Gerson Stein é um defensor do potencial agrícola de Sumaré. A família dele chegou à cidade na década de 1970 e, desde então, tira do solo fértil o seu sustento. “Meu avô veio de Elias Fausto para cá. Depois dele, meu pai começou a cultivar tomates, um trabalho que eu assumi e que passei para meu filho”, conta.
“A região de Campinas é urbana, mas o clima ameno e esta proximidade com o mercado consumidor contribuem para que a gente se destaque na produção”, afirma. Além de abastecer o comércio regional, é de Sumaré também que sai o tomate consumido na região sul do País.
Em duas áreas de 10 hectares cada, o tomate é semeado duas vezes ao ano. “Trabalhamos desde a formação da muda nas estufas até o transplante para o campo”, explica o produtor. Segundo ele, a proximidade com grandes centros tecnológicos foi determinante para, além de bons tomates, a cidade se destacar também no desenvolvimento de tecnologias para o campo. “Minha família sempre foi daqui e é aqui que quero ficar”, finalizou.
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