sábado, 20 abril 2024

Tragédia à vista

Filmes-catástrofe formam um filão forte no cinema desde os anos 1970, quando “Terremoto” e “Inferno na Torre” estouraram as bilheterias. Depois de um bom tempo sem nenhum exemplar notável, com filmes até bem ruins como “2012”, surge no meio da pandemia um dos melhores a seguir essa fórmula.

O título no Brasil é um tanto longo e infeliz, “Destruição Final: O Último Refúgio”. O título original é “Greenland”, ou Groenlândia, em inglês. Pondo a Terra em perigo real e imediato com a aproximação de um cometa gigante, o roteiro é inteligente e esperto o suficiente para criar entretenimento de primeira.

Nos últimos tempos, esse tipo de filme tem exibido elenco encabeçado por fortões do cinema de ação, como Dwayne “The Rock” Johnson ou Arnold Schwarzenegger. Desta vez, o papel principal está com Gerard Butler.

Há uma química muito forte entre Butler e Morena Baccarin, atriz nascida no Brasil e radicada em Hollywood, conhecida de “Deadpool” e da série “Homeland”. Além de ser muito bonita, ela convence bastante em situações de angústia e medo. E cenas angustiantes não faltam em “Destruição Final”.

Baccarin e Butler interpretam o casal Allison e John Garrity, que vivem o início de um processo de separação. O complicador é o filho de sete anos, Nathan. Enquanto os pais brigam, o garoto está entusiasmado com o cometa Clarke, o grande assunto comentado em todo o mundo. É um cometa que deve passar mais próximo da Terra do que qualquer outro na história da humanidade.

Mas os cálculos dos astrônomos se revelam completamente equivocados, Clarke, que na verdade é uma gigantesca nuvem de meteoros de vários tamanhos, vai cair direto no planeta. O governo americano então convoca vários profissionais e suas famílias para irem até bases militares. Então vão ser levados de aviões até abrigos nucleares em destino ignorado.

A seleção contempla pessoas essenciais para uma possível reconstrução das cidades que possam ser atingidas. John, que é um engenheiro civil de grande sucesso, construindo arranha-céus em Atlanta, é um dos convocados. Deve pegar sua mulher e seu filho, e mais ninguém, e se dirigir a uma base militar a alguns quilômetros de casa.

O grande mérito do filme é do roteirista Chris Sparling, que conseguiu inserir uma dose enorme de criatividade num gênero que parecia esgotado.

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