Um comerciante de 28 anos foi executado com tiros na cabeça por três homens com máscaras, enquanto estava em uma lanchonete na Rua Vicente Ferreira da Silva, na Chácara Bela Vista, em Sumaré, por volta das 20h de terça-feira, 02.
Um chapeiro, que trabalhava no Bar do Zum, também foi alvejado por um tiro de raspão. Os criminosos fugiram em um veículo prata após o homicídio.
A Polícia Civil foi acionada e uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) já havia confirmado o óbito do comerciante Henrique Simão Vieira.
De acordo com a Guarda Municipal, que preservou a cena do crime, a vítima recebeu cerca de 10 disparos de pelo menos duas armas de calibre 12 e 38.
Horas antes Henrique teria se desentendido com um cliente, informou a corporação. Mas a polícia ainda investiga a motivação do crime. A vítima não possuía antecedentes criminais.
Houve tumulto. Segundo o registro policial, o chapeiro J.P.R.S. estava na chapeira próxima da vítima e foi atingido de raspão por um disparo de arma de fogo, mas sem gravidade.
A esposa da vítima fatal, A.G.P.V., 27, amparada por familiares, informou que estava com a vítima no interior da lanchonete, em companhia de mais três funcionários, e realizavam os trabalhos de rotina. Ou seja, preparavam os pedidos e despachavam através do serviço de motoboys ou retirada pelos clientes. A lanchonete do Zum (apelido do comerciante morto) funcionava com a porta entreaberta.
Segundo a mulher do comerciante morto, surgiram três bandidos com máscaras faciais e armados, inclusive com uma arma longa. Um deles se dirigiu à vítima e disse “perdeu”, já efetuando disparos em direção do rosto da vítima. Outros também efetuaram disparos, mesmo quando a vítima já estava caída no chão, relatou a esposa da vítima.
Em desespero, a mulher do comerciante atacou um dos atiradores com um banquinho e este ameaçou disparar contra ela. Por isso, a comerciante se encolheu, notando apenas a saída repentina do trio.
Testemunhas estavam em choque e foram levadas do local por amigos e parentes, não sendo possível ouvi-las.
No interior de uma caixa, sob o balcão de atendimento, foi encontrado escondido um revólver calibre 38 com cinco cartuchos intactos, de propriedade da vítima há dois anos, segundo a esposa do comerciante.
Houve uma grande aglomeração de curiosos no local, o que exigiu isolamento da área e preservação da cena do crime até a chegada dos peritos criminais.
Moradores de casas vizinhas com câmeras de monitoramento nas proximidades alegaram não dispor de sistemas de gravação, não podendo auxiliar nas investigações.
Foram requisitados exames periciais ao IC (Instituto de Criminalística) e IML (Instituto Médico Legal). Foram encontrados no local seis fragmentos de projéteis.
A ocorrência foi registrada como homicídio e lesão corporal no Plantão da Delegacia de Polícia de Sumaré.
