sábado, 23 novembro 2024

Recuperado, Quilombo abasteceria 700 mil pessoas

O Ribeirão Quilombo, se recuperado, poderia fornecer água para cerca de 700 mil pessoas das seis cidades pelas quais passa na região. A projeção foi apresentada ontem, em Nova Odessa, durante reunião do grupo de trabalho do Consórcio PCJ (Consórcio das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí), criado no início desse ano com objetivo de recuperar o manancial.
O grupo, formado por representantes das Prefeituras, Câmaras e também corpo técnico, estuda maneiras de resgatar o rio, elevando-o da classe 4 – a qual pertence atualmente – para a 3, o que o tornaria uma importante alternativa hídrica.
Com a nova classificação, o Ribeirão Quilombo seria uma opção aos municípios em caso de eventos extremos, como períodos longos de estiagem, por exemplo.
A expectativa é que a classificação seja obtida até 2035. Os custos para a revitalização são estimados em cerca de R$ 196 milhões, sem contar gastos com tratamento de esgoto.
Além de investimentos no tratamento dos efluentes, serão necessários recursos para tratamentos terciários, entre eles a construção de reservatórios de contenção de picos de chuvas, o que aumentaria a vazão de diluição do rio. A necessidade do reflorestamento das matas ciliares e nascentes de córregos afluentes do Quilombo também foi apontada no diagnóstico, que foi apresentado durante a reunião em Nova Odessa.
“É necessário que nesse momento, cada prefeito das cidades por onde o Quilombo passa coloque como meta de suas administrações devolver a vida ao ribeirão e aos rios da nossa região para deixarmos como legado para as futuras gerações”, disse o presidente da entidade e prefeito de Nova Odessa, Benjamim Bill Vieira de Souza.
Ele destacou que já solicitou apoio técnico e financeiro junto à Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo, e que, para o sucesso do projeto, será necessário buscar investimentos, também, junto ao governo federal.
Na reunião de ontem, Consórcio PCJ e a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), iniciaram o entendimento para uma parceria de apoio técnico e operacional para as ações de despoluição do Ribeirão. “É importante a gente destacar que o Quilombo não é um rio de classe 4, ele está em classe 4. Nós precisamos resgatá-lo de novo para sua classe de origem, que é a 3. Todo mundo sabe da importância da água e desse ribeirão, mas vira as costas para ele. Por isso, a iniciativa do Consórcio PCJ em revitalizá-lo é louvável”, disse o gerente da agência de Americana da Cetesb, José Ferreira Assis.
O RIBEIRÃO
O Ribeirão Quilombo possui 54,7 km de extensão e passa por seis cidades da região: Paulínia, Campinas, Hortolândia, Sumaré, Nova Odessa e Americana. O manancial tem vazão média de 5,5 m³/s, o que dificulta seu poder de autodepuração, ou seja, de limpeza de suas águas durante o trajeto.
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