O prédio da Ten Four, empresa de produtos químicos para piscinas, que foi atingido por um incêndio de grandes proporções nesta quinta-feira (24) em Valinhos, foi condenado pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros e foi demolido.
A decisão pela demolição foi tomada depois de uma vistoria feita pelos Bombeiros e pela Defesa Civil de manhã. “A intensidade do incêndio mexeu com toda estrutura do galpão. Não havia condições de reforma ou uso”, disse ao TODODIA, Eduardo Mathias, diretor da Defesa Civil de Valinhos.
A demolição começou por volta das 11 horas. Segundo informou Mathias, o proprietário da empresa cedeu uma máquina retroescavadeira para retirar o que sobrou de material, pedaços de concreto e parte do telhado que ficou completamente destruído.
O trabalho foi coordenado pelo Corpo de Bombeiros, que destacou um efetivo de 13 homens e viaturas. A cada retirada de entulho do local apareciam novos focos de incêndio que tinham que ser controlados. “A demolição deve acabar no começo de noite, mas ainda tem muito trabalho a ser feito”, afirmou o diretor da Defesa Civil.
A Rodovia dos Agricultores continua bloqueada, próximo a empresa para facilitar o trabalho dos Bombeiros, mas as ruas do bairro que estavam interditadas já foram liberadas.
Os galpões ao lado do prédio atingido pelo fogo foram vistoriados também de manhã. Por precaução, eles foram interditados, mas de acordo com a Defesa Civil, nenhum dano estrutural foi detectado e eles serão liberados.
Sobre a fumaça tóxica que se espalhou pela cidade e até cidades vizinhas, como Vinhedo, Mathias disse que a Cetesb coletou amostras da água do córrego que passa ao lado da fábrica, do ar na região e do solo, ontem. “Mas como hoje é feriado em São Paulo não temos ainda um laudo”, comentou.
A assessoria de imprensa da Prefeitura informou que duas pessoas foram atendidas ontem à noite na UPA de Valinhos, devido a fumaça. “Mas elas já tinham problemas respiratórios. Não houve outros casos”, relatou.
INCÊNDIO
O incêndio começou durante a intensa chuva que atingiu Valinhos e várias cidades da região. Informações preliminares davam conta de que um raio poderia ter sido a causa do início do fogo, mas o Corpo de Bombeiros descartou essa hipótese.
De acordo com a Corporação a maior possibilidade da causa do início do incêndio foi uma reação química que pode ter acontecido dentro do galpão, já que a empresa trabalhava com produtos para piscina, como cloro e outros itens de limpeza, e estava com estoque cheio. A fábrica pegou fogo em 15 minutos.
Devido a proporção do incêndio, 35 homens e 8 viaturas do Corpo de Bombeiros de Valinhos, Vinhedo, Campinas e Jundiaí trabalharam no combate as chamas da empresa e para evitar que o fogo se alastrasse em outros barracões que ficam ao lado da fábrica. O incêndio foi controlado por volta das 23 horas.