Médicos da rede pública de saúde de Hortolândia paralisaram os atendimentos desde a noite de quarta-feira por falta de pagamento. A informação é do Sindimed (Sindicato do Médicos de Campinas e Região). Cerca de 250 profissionais prestam serviço contratados por uma OS (Organização Social), que estaria devendo dois meses de salários atrasados.
Aproximadamente 100 médicos aderiram à paralisação e até que haja alguma sinalização de pagamento, os atendimentos serão feitos somente em caráter de urgência e emergência, de acordo com o sindicato.
Segundo a diretoria da entidade, não há qualquer garantia de que os médicos irão receber, pois a Organização Social APGP (Associação Paulista de Gestão Pública) teve seu contrato rompido e não administra mais a rede. “Porém, segundo o Sindimed constatou, a OS recebeu todos repasses devidos da prefeitura, só que deixou sem pagamento os médicos, que na sua totalidade são contratados na modalidade Pessoa Jurídica”, informou a entidade, em nota.
Ainda de acordo com o Sindimed, o contrato com a APGP, firmado em caráter emergencial no final de abril de 2017, previa a gestão da rede de urgência e emergência e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Isso incluía os atendimentos nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e também no Hospital Mário Covas.
A Prefeitura de Hortolândia, por meio da Secretaria de Saúde, informou que os serviços de urgência e emergência no Hospital Municipal, nas UPAs 24 horas e no Samu funcionaram normalmente ontem. “Em função do processo de transição das instituições gestoras, alguns problemas pontuais podem ocorrer, como a substituição de equipamento e sistemas, situações que estão sendo resolvidas”, afirmou em nota.
Na tarde de ontem, a secretária de Saúde de Hortolândia, Odete Carmem Gialdi, se reuniu com a diretoria do Sindimed para avaliar uma solução para a situação. A Prefeitura agendou uma reunião na próxima segunda, dia 5, com a APGP e o Sindimed para uma proposta de pagamento.
