saúde
POSIÇÃO
AMERICANA E
REGIÃO
A Prefeitura de Santa Bárbara d´Oeste informou que receberá mais um lote com 1.770 doses da vacina de Oxford, imunizante contra a Covid-19 produzida pela Fiocruz. A retirada será feita nesta quinta-feira (25) ou amanhã em Campinas.
Essas vacinas serão usadas na imunização dos idosos na faixa etária de 80 a 85 anos. A planilha foi encaminhada à secretária de Saúde, Lucimeire Cristina Coelho Rocha, enquanto participava de uma audiência da saúde por videoconferência realizada pela Câmara da cidade.
Segundo a secretária, as doses estão sendo entregues de forma fracionada. É feita a entrega da quantidade exata para cada público-alvo, de acordo com a estimativa populacional do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), disse Lucimeire.
Provavelmente na semana que vem chegará mais um novo lote, para atender a faixa etária de 75 a 80 anos, informou a secretária na audiência.
Já foram vacinados na cidade os profissionais de saúde e os idosos a partir de 85 anos, segundo os protocolos definidos pelo Ministério da Saúde. Idosos que moram em instituições de longa permanência também foram imunizados.
A secretária disse que está cumprindo rigorosamente os protocolos porque se fizer de forma diferente poderá sofrer punições. “Tenho que seguir à risca, senão posso sofrer todas as sanções”, explicou a secretária aos vereadores que acompanharam a audiência virtual.
Um avião da companhia Emirates, com remessa de 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca contra covid-19 decolou na madrugada de hoje (22) de Mumbai, na Índia, e deve chegar a São Paulo às 6h55 desta terça-feira.
A aeronave deixou a cidade indiana por volta das 10h30 da manhã (horário local), o que equivale a 2h da madrugada de hoje no horário de Brasília. A carga fará escala em Dubai, nos Emirados Árabes, de onde decolará para São Paulo às 22h40 (horário local) – 15h40 de hoje (horário de Brasília).
O voo chegará a São Paulo amanhã de manhã e as vacinas seguirão para o Rio de Janeiro, onde serão levadas para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).
As doses foram produzidas pelo Instituto Serum, parceiro da AstraZeneca na Índia e maior produtor mundial de vacinas. Mesmo prontas, as vacinas precisarão passar primeiro por Bio-Manguinhos para que possam ser rotuladas antes de serem distribuídas ao Programa Nacional de Imunizações.
A importação de doses prontas é uma estratégia paralela à produção de vacinas acertada entre a AstraZeneca e a Fiocruz. Para acelerar a disponibilidade de vacinas à população, 2 milhões de doses já foram trazidas da Índia em janeiro e está previsto um total de 10 milhões de doses prontas a serem importadas. Além dos 2 milhões que chegam amanhã ao país, mais 8 milhões estão previstas para os próximos dois meses.
Enquanto negocia a chegada das doses prontas, a Fiocruz trabalha na produção local das vacinas Oxford/AstraZeneca. Segundo o acordo com a farmacêutica anglo-sueca, a Fiocruz vai produzir 100,4 milhões de doses de vacinas até julho, a partir de um ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado. A primeira remessa desse insumo já chegou ao Bio-Manguinhos e o primeiro milhão de doses produzido na Fiocruz tem entrega prevista para o período de 15 a 19 de março.
De acordo com a fundação, os dois primeiros lotes estarão liberados internamente nos próximos dias. Esses lotes são destinados a testes para o estabelecimento dos parâmetros de produção.
“Com esses resultados, a instituição produzirá os três lotes de validação, cuja documentação será submetida à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Esses lotes somarão cerca de 1 milhão de doses e seus resultados serão enviados à Anvisa até meados de março”.
Também está em andamento na Fiocruz o processo de transferência de tecnologia para a produção do IFA no Brasil, o que tornará a fundação autossuficiente na produção das vacinas. A previsão é que as primeiras doses com IFA nacional sejam entregues ao Ministério da Saúde em agosto, e, até o fim de 2021, seja possível entregar 110 milhões de doses, elevando o total produzido no ano pela Fiocruz para 210,4 milhões.
Em meio a críticas pela baixa oferta inicial de doses de vacinas contra a Covid, o Ministério da Saúde enviou um ofício nesta quinta-feira (18) ao Butantan em que afirma ter intenção de adquirir mais 30 milhões de doses da vacina CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo instituto paulista.
A quantidade extra seria adicional às 100 milhões de doses já contratadas para serem entregues até setembro deste ano.
No documento, ao qual a reportagem teve acesso, o ministério cita a “premente necessidade em expandir a aquisição de imunizantes” contra a Covid.
Diz ainda que o pedido considera a “continuidade da vacinação em massa da população brasileira”.
“Solicito que seja encaminhada a este ministério a intenção dessa fundação de realizar o referido fornecimento de vacinas, conforme entendimentos verbais em 17 de fevereiro do corrente, assim como o cronograma de entrega do quantitativo proposto de 30 milhões de doses, de outubro a dezembro de 2021”, completa o documento, assinado pelo secretário-executivo do ministério, Elcio Franco.
O ministério tem sido alvo de pressão do Congresso e governadores devido ao ritmo lento da campanha de vacinação contra Covid. Especialistas também têm feito críticas ao atraso do governo federal na definição de mais contratos para obtenção de vacinas.
Nos últimos dias, sem doses suficientes, capitais como Rio de Janeiro e Salvador anunciaram a suspensão temporária de suas campanhas de vacinação.
Procurado pela reportagem, o Butantan confirmou ter recebido o ofício e disse que vai avaliar o pedido.
A possibilidade de negociar mais 30 milhões de doses da CoronaVac já havia sido citada por Pazuello a governadores em reunião nesta quarta (17) ao ser cobrado sobre o cronograma de vacinação, mas a intenção ainda não tinha sido oficializada.
Na ocasião, o ministro também voltou a repetir que pretende vacinar toda a população ainda neste ano e afirmou que a pasta poderia obter até 454,9 milhões de doses de vacinas ao longo de 2021 – incluindo na conta, no entanto, contratos ainda em negociação e que precisam passar por aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), caso dos imunizantes Covaxin, da Índia, e SputniK V, da Rússia, além de doses da americana Moderna.
Se confirmada a aquisição de mais 30 milhões de doses da CoronaVac, o que ocorreria a partir de outubro, esse deve ser o terceiro contrato do governo com o Butantan.
No último ano, a CoronaVac ficou no centro de uma guerra política entre presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador João Doria (PSDB). Após impasses, a vacina foi a primeira a ser utilizada na campanha de vacinação contra a Covid. Ao todo, já foram distribuídas 9,8 milhões de doses da CoronaVac a estados e municípios.