Reserva nos primeiros dois jogos disputados pela seleção brasileira na Copa América, Everton entrou bem na vitória por 3 a 0 sobre a Bolívia e no empate em 0 a 0 com a Venezuela. No terceiro compromisso da equipe, ao que tudo indica, ele não terá de esperar a etapa final para fazer suas jogadas pelo lado esquerdo do campo.
O atacante de 23 anos marcou um bonito gol na na estreia da equipe, no Morumbi. Em Salvador, não conseguiu evitar o empate, mas construiu boas jogadas enquanto esteve em campo – entre elas, a de um gol anulado com ajuda do árbitro assistente de vídeo – e se credenciou a ganhar uma vaga entre os 11 titulares.
O posto já poderia ser do jogador do Grêmio se ele tivesse aproveitado melhor a primeira chance que teve. No amistoso contra o Qatar, foi Everton que entrou no lugar de Neymar, lesionado e posteriormente cortado do elenco da seleção brasileira. Porém, ele não se saiu bem substituindo o camisa 10.
No amistoso seguinte, contra Honduras, a oportunidade foi dada a David Neres, 22, que fez um gol e assumiu a titularidade na ponta esquerda, mas que teve atuações decepcionantes nas duas primeiras rodadas da Copa América.
Contra o Peru, não havendo surpresas, Everton deverá ganhar nova oportunidade entre os 11 titulares. “São jogadores jovens. Eu tenho que compreender que vai…”, disse Tite, fazendo um gesto de oscilação com a mão direita. “Quando entrou o [David] Neres, deu uma resposta melhor do que a do início do [Everton] Cebolinha. Aí, foi o Neres, que deu…”, acrescentou o treinador, repetindo o gesto.
Cebolinha é o apelido de Everton, e o chefe faz questão de chamá-lo pela alcunha para “deixá-lo mais à vontade”. O cearense está jogando seu primeiro campeonato com a camisa da seleção -assim como Neres-, e há uma preocupação em não colocar responsabilidade demais em suas costas.