sábado, 23 novembro 2024

Prejuízo do tamanho de São Paulo

O temporal que castigou São Paulo entre a noite de domingo e manhã de segunda-feira (10) causou prejuízos que podem ultrapassar os R$ 200 milhões apenas nos principais setores econômicos, como o comércio. 

Lojas e shoppings fecharam porque funcionários não conseguiram ir trabalhar, empresários perderam estoques e comércios tiveram negócios reduzidos por falta de clientes. O movimento nos restaurantes caiu pela metade. 

A Fecomércio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) estima um prejuízo de R$ 110 milhões nas vendas do comércio varejistas na região metropolitana – o que equivale a 0,4% do faturamento total de fevereiro. 

Tradicionais centros de compra do Centro de São Paulo, o Brás, o Bom Retiro e a Rua 25 de Março, sentiram o impacto das chuvas, seja pela ausência de clientes, seja pela falta de funcionários que não conseguiram chegar ao trabalho. 

“Muitas lojas fecharam mais cedo por causa do fraco movimento. As baixas foram grandes”, afirmou vice-presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) do Bom Retiro, Nelson Tranquez Junior. 

ALAGAMENTOS | Mais de 900 pontos de enchentes foram registrados na Capital

CEAGESP 

A Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), invadida pelas águas na segunda, estimou ontem a perda de 7.000 toneladas de alimentos com as chuvas. O valor responde por cerca de 70% da movimentação diária do centro (que fica entre 10 e 11 mil toneladas) e por R$ 20 milhões em prejuízos aos permissionários. 

Pelo dia parado desta terça, no qual a companhia permaneceu com os portões fechados para a entrada e saída de alimentos, a estimativa é de uma perda entre R$ 3 milhões e R$ 4 milhões. 

O Sincomat (Sindicato do Comércio Atacadista de Hortifrutigranjeiros e Pescados) diz que praticamente toda a mercadoria que estava na Ceagesp deve ser perdida, com risco de faltar alimentos e de os preços subirem nos próximos dias. 

SUPERMERCADOS 

As chuvas no Estado já causaram prejuízo de R$ 31 milhões para os supermercados da região metropolitana, divulgou a Apas (Associação Paulista de Supermercados) ontem (11). 

De acordo com a entidade, o valor corresponde a 20% do faturamento diário total das varejistas. “A maioria dos estabelecimentos afetados está localizada na Região Metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, e a Baixada Santista”, afirma Ronaldo dos Santos, presidente da Apas. 

ESTADO SOMA QUATRO MORTES PELOS TEMPORAIS  

Quatro pessoas morreram e uma permanecia desaparecida ontem em consequência do temporal que, além da Capital, atingiu cidades do Interior paulista na segunda-feira (10). As mortes ocorreram em Marília e Botucatu.  

Em Marília, um homem que não teve a identidade divulgada morreu após o carro que ocupava cair em uma cratera, que se abriu na altura do km 309 da rodovia Dona Leonor Mendes e Barros.  

CRATERA | Caminhão e carro caíram em buraco aberto em rodovia em Marília

Segundo os bombeiros, “um imenso buraco” se abriu na pista e engoliu um caminhão que transportava refrigerantes e um carro da concessionária administradora da rodovia. O motorista do caminhão saiu ileso. O motorista do carro, no entanto, não resistiu.  

Em Botucatu, um homem e duas mulheres morreram também por conta da chuva. O homem que morreu teve o corpo encontrado ainda na segunda. Já os corpos das duas mulheres foram localizados ontem. 

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