Após pressionar o botão de partida, o novo Peugeot 208 se apressa em revelar o painel em 3D. O visor será o companheiro nos próximos 903 quilômetros, distância total percorrida neste teste da reportagem.
O velocímetro digital aparece em destaque, e as outras ficam em segundo plano. O segredo está em pequeno projetor, que exibe suas imagens em uma tela transparente. A tecnologia está disponível a partir da versão Allure, que custa R$ 89,5 mil.
A versão mais em conta chama-se Active e é anunciada por R$ 75 mil. Seu painel é tradicional, com ponteiros analógicos combinados a um visor digital. Os principais itens de série são o câmbio automático de seis marchas e a central multimídia com Apple Carplay e Android Auto.
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Há também rodas de liga leve aro 16, ar-condicionado e quatro airbags.
Passada a fase de encantamento, vem a dureza dos fatos. O Peugeot preserva o motor 1.6 flex (118 cv).
Os números do teste Folha-Mauá mostram que o desempenho se equipara ao das versões 1.5 de Honda Fit e Toyota Yaris, mas não dá para acompanhar o ritmo do turbinado Volkswagen Polo 1.0 TSI.
Para roubar clientes dessa turma, a Peugeot oferece tecnologia, acabamento mais refinado e um pacote de segurança que, na versão testada Griffe (R$ 95 mil) traz sistema de frenagem automática de emergência e leitor de faixa que avisa caso o motorista invada a pista ao lado.
Há um leitor de placas, que reconhece os números e evita que o motorista acelere além do permitido.
Quem conhece a rigidez de antigos modelos Peugeot pode estranhar a suavidade ao rodar, mas a proposta de agora é fazer um carro para o grande público. Segundo as pesquisas da marca francesa, a possível clientela está mais preocupada com tecnologias e comodidades do que ansiosa por bater recordes de aceleração. Apesar da idade, o motor 1.6 flex se encaixa bem no compacto. Um pouco mais de força nas retomadas cairia bem.
No banco traseiro, vão para as pernas é limitado. O porta-malas também não é dos maiores: tem 265 litros de capacidade reforçando o caráter mais urbano.
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