O número de apreensões de drogas no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, aumentou neste ano em comparação com 2017. O ano ainda não acabou, mas 2018 já supera 2017 em número de apreensões: 196 remessas flagradas com conteúdos ilícitos este ano, contra 188 em todo ano passado, segundo dados da Receita Federal.
Essas apreensões foram feitas no setor de remessas expressas, que realiza o despacho aduaneiro de encomendas internacionais, transportadas sob as condições de serviço expresso e entrega porta a porta.
De acordo com a Receita, as drogas mais apreendidas em Viracopos são cocaína, derivados da maconha e metanfetaminas. Os principais destinos dessas drogas são a África e a Ásia.
O que mais chama a atenção nessas apreensões é a criatividade e ousadia dos traficantes. Dentre os casos mais inusitados de apreensões recentes estão cocaína impregnada em folhas de papel, camisas engomadas com cocaína e cocaína diluída para se fazer passar por sabão líquido.
Para identificar essas remessas, a Receita Federal ressalta que tem aprimorado seus processos de inteligência, gerenciamento de riscos e utilização de ferramentas tecnológicas, de forma a direcionar seus recursos para operações que ofereçam maiores riscos e não prejudicar a fluidez do comércio internacional, tão importante para o desenvolvimento econômico do País.
A Receita explicou ainda que nesses casos não ocorrem prisões porque nessa modalidade de despacho o remetente ou destinatário não está presente no momento da fiscalização. “Estas (prisões), quando ocorrem, são decorrentes de investigações posteriores a cargo da autoridade policial”, finalizou.
