A erradicação do analfabetismo e o trabalho realizado pela Secretaria de Educação para combatê-lo foi tema da primeira audiência pública do ano, realizada na Câmara dos Vereadores, no bairro Ponte Preta, na segunda-feira (18). O diretor executivo da Fumec – órgão da Secretaria de Educação que atua com o ensino para Jovens e Adultos – José Batista de Carvalho Filho, apresentou os dados da evolução deste trabalho.
O prefeito Jonas Donizette decretou o “Fevereiro Violeta” pelo qual, durante todo o mês, há uma campanha de conscientização sobre a importância de retomar os estudos ou iniciar para aqueles que, mesmo adultos, não tiveram a oportunidade de frequentar uma sala de aula. Também é realizada uma busca ativa por estes potenciais alunos. “É um projeto desafiador que depende da efetiva participação de toda a sociedade”, destacou Batista.
A partir deste ano está sendo realizada uma busca ativa por pessoas não alfabetizadas ou com baixa escolaridade. Profissionais ligados à Fumec estão em contato com estas pessoas em regiões apontadas, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), como as que têm o maior número de analfabetos. São elas: Parque Oziel e o Jardim Conceição, no Distrito de Sousas, por exemplo.
Batista aproveitou a ocasião para relatar casos de alunos inteligentes e capazes que não tiveram as melhores oportunidades para aproveitar seu potencial, “os talentos existem, temos que criar o ambiente para aproveitá-los”, disse.
EVOLUÇÃO
Campinas já possui o Selo de Município Livre do Analfabetismo do Ministério da Educação, dado às cidades com menos de 4% da população analfabeta, mas pretende ir além e zerar o número de pessoas não alfabetizadas até 2020, mesmo que o Plano Nacional de Educação (PNE) tenha 2024 como limite.
De acordo com os dados divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a cidade tem 16,2 mil pessoas não alfabetizadas, o que representa 1,3% da população da cidade. Em 2010 a cidade tinha, conforme dados do IBGE, 28.442 analfabetos.
