A Justiça Federal determinou anteontem a prisão preventiva de José Alex Botelho de Oliva, presidente afastado da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo, que administra o Porto de Santos) e de outros cinco investigados.
A decisão é um desdobramento da operação Tritão, deflagrada no dia 31 de outubro, que investiga um suposto esquema de corrupção e fraudes em licitações da Codesp.
Os investigados estavam presos temporariamente desde então. Agora, o juiz federal Roberto Lemos dos Santos Filho, titular da 5ª Vara Federal de Santos, acatou um pedido do Ministério Público Federal, para tornar a prisão preventiva.
Pela lei, a prisão temporária tem um prazo máximo de cinco dias, renovável por mais cinco, enquanto a preventiva não tem prazo definido.
Segundo a decisão, a prisão preventiva foi decretada para proteger as investigações, ainda em curso.
O juiz ressaltou “o grande poder político e financeiro” dos envolvidos, afirmando que poderiam “influenciar de forma prejudicial os trabalhos que estão sendo desenvolvidos pela Polícia Judiciária para desvendar as graves ações concretizadas pela organização criminosa”.