Dois anos após ser implantado, em novembro de 2017, o sistema de biometria facial nos ônibus de Campinas para coibir fraudes no uso dos cartões Bilhete Único reduziu pela metade a incidência de irregularidades. A informação foi dada ontem pelo diretor de Comunicação e Marketing da Transurc (Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Campinas), Paulo Barddal.
Segundo ele, em 2017, primeiro ano de uso da biometria facial, foram registrados, em dois meses, 19.223 casos de uso indevido de cartões.
Durante todo o ano seguinte foram 9.456 casos, uma redução de 50,8%. Nos dez meses desse ano, foram 8.552 fraudes – média diária de 28 casos.
Barddal lembra que o uso do cartão Bilhete Único é pessoal e intransferível e, de acordo com a lei, o uso por terceiros é considerado infração. “Toda vez que há um uso indevido, aqueles que pagam a tarifa são prejudicados, pois o uso indevido tem impacto no cálculo da tarifa”, lembra.
A biometria facial permite identificar se a pessoa que utiliza o cartão nas categorias gratuito, idoso, escolar e universitário, é realmente o titular do benefício. Mesmo assim, algumas pessoas tentam burlar o sistema, utilizando-se de cartões de outras pessoas.
Todos os casos de uso indevido recebem advertência por escrito quando a fraude é constatada.
