A Secretaria Estadual da Saúde afirmou nesta sexta-feira (5) que 19 hospitais estaduais em São Paulo já têm a lotação máxima nas UTIs (Unidade de Terapia Intensiva), com 100% dos leitos ocupados. Entre esses, 13 estão na Grande São Paulo.
Além desses, outros seis hospitais têm ao menos 90% da capacidade da UTI já preenchida, três deles na Grande São Paulo.
Já a capital paulista tinha nesta sexta-feira (5) hospital público municipal com até 95% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) já ocupados, segundo a gestão Bruno Covas (PSDB).
Os números divulgados pela própria prefeitura mostram que 5 das 26 unidades hospitalares municipais já têm ao menos 83% das vagas para pacientes graves de Covid-19 preenchidas.
A taxa média de ocupação das UTIs é de 75%.
O Hospital Municipal Carmen Prudente, na Cidade Tiradentes (zona leste), chegou aos 95% de ocupação nesta sexta-feira.
Na sequência, com 90% de leitos de UTI preenchidos, vêm o Hospital Municipal Brigadeiro (zona oeste) e o Hospital Municipal José Soares Hungria, em Pirituba (zona norte).
Entre os cinco mais cheios estão também o Hospital Municipal da Bela Vista, na região central, com 84% de lotação na UTI, e o Hospital Municipal da Brasilândia, com 83%.
OPINIÃO
Sanitarista e professor de saúde pública da USP, Gonzalo Vecina Neto afirma que o futuro imediato é ruim, com mais casos e, consequentemente, mais internações em UTI.
Como solução, aponta a transformação de leitos de enfermaria em UTI, porque, no momento, não vê como possível a implantação de hospitais de campanha, até pela falta de profissionais para trabalhar neles.
Vecina Neto defende o “lockdown”.
“Não aumentar a oferta de leitos, mas diminuir a demanda por leitos, reduzir o número de casos”, diz. “Temos que comunicar melhor para a população o que está acontecendo.”