sábado, 23 novembro 2024

Com caso de raiva confirmado, Hortolândia antecipa vacinação

Após confirmação laboratorial de um caso de raiva animal na cidade, a Prefeitura de Hortolândia antecipará a campanha de vacinação antirrábica no município, planejada para agosto e setembro. A partir de segunda-feira (16/07), equipes da UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses), da Secretaria da de Saúde, realizarão ação de bloqueio na região do Residencial São Sebastião. Os agentes de saúde, identificados com crachás, visitarão cerca de 2,3 mil residências no Adventista Campineiro, Condomínio Flamboyant, Jardim Novo Cambuí e Jardim das Figueiras 1 e 2, no período das 8h30 às 11h e das 13h às 16h. A estimativa é imunizar 570 cães e gatos nesta área pontual, onde se registrou o caso positivo da doença. Animais acima dos três meses de vida, ainda não vacinados, receberão a 1a dose; quanto aos demais, acima desta faixa etária, os técnicos verificarão a carteira de vacinação.

“Não há motivo para pânico. Trata-se de um ‘caso atípico’, uma vez que o município não possui o vírus da raiva circulando. A Prefeitura está empregando todos os recursos necessários para evitar a proliferação da doença”, esclarece a secretária de Saúde, Odete Carmem Gialdi. A suspeita é que a contaminação tenha acontecido após o contato do cão com um morcego.

Campanha de vacinação
Fora desta área específica, atendida pelo bloqueio, a Campanha de Vacinação Contra a Raiva 2018 acontecerá durante quatro finais de semana sequenciais, em agosto e setembro, exceto no correspondente ao Dia dos Pais, em unidades volantes e prédios públicos (veja arquivo anexo). As datas disponibilizadas são: 04 e 05/08, 18 e 19/08, 25 e 26/08, 01 e 02/09. A vacinação é gratuita. Os tutores devem levar o animal ao posto de vacinação mais próximo das 8h às 17h. É importante levar a carteira de vacinação.

“É muito importante que os tutores vacinem anualmente seus cães e gatos contra a raiva, que participem da campanha anual para evitar a contaminação dos animais, uma vez que o vírus circula nos morcegos que transitam pela cidade. A vacinação é gratuita e pode evitar situações como esta. É o primeiro caso registrado da doença em cão ou gato na história da cidade. Antes, havia registros eventuais, somente em morcegos”, orienta o médico veterinário da UVZ, Evandro Alves Cardoso.

Outras dúvidas podem ser esclarecidas pelos profissionais da UVZ pelos telefones 3897-3312 e 3897-5974. A unidade especializada funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, na Rua Athanásio Gigo, 60, Chácaras Recreio 2.000.

Para entender o caso
A Secretaria de Saúde de Hortolândia recebeu do Instituto Pasteur, na quinta-feira passada (05/07), a confirmação de que o caso suspeito, em investigação pela UVZ, era de raiva canina. O cão, sem raça definida, com dois anos de idade, nunca havia sido vacinado contra a raiva. Vivia com os tutores em uma residência na região do São Sebastião. Em maio deste ano, conseguiu fugir de casa, certo dia, saindo por entre as grades do portão. Segundo relato dos donos e de vizinhos, na rua, foi visto com um morcego na boca. No dia 27 de junho, começou a apresentar alteração no comportamento, como apatia (tristeza), andar cambaleante e emagrecimento. Na ocasião, foi atendido por veterinário de estabelecimento particular. O caso apresentou rápida evolução para paralisia dos quatro membros, com a manifestação de outros sintomas neurológicos. No dia dois deste mês, os donos optaram por sacrificá-lo.

Com o resultado positivo em mãos, a Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância em Saúde, realizou uma série de ações de investigação do caso e encaminhou para a devida profilaxia, por meio de aplicação de vacina e soro antirrábico, todas as pessoas que tiveram contato de risco para transmissão da raiva. Além disso, a Prefeitura providenciou a capacitação dos agentes que atuarão na vacinação de cães e gatos e organiza as medidas necessárias à realização do bloqueio na área específica. Entre estas ações estão a visita domiciliar para comunicar o caso à população, o levantamento do número de cães e gatos existentes em cada imóvel, bem como do status vacinal para raiva destes animais e a orientação à comunidade sobre o papel do morcego que vive em áreas urbanas na transmissão da doença.

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