domingo, 28 abril 2024

Desembargador do TJ-SP solta presos da Operação Ouro Verde

O médico Osvaldo Perezi Neto, da empresa Segamar, que prestava serviços de plantões médicos no hospital Ouro Verde, e o advogado Orlando Leandro de Paula Fulgêncio, ambos presos na 2ª fase da Operação Ouro Verde, que investiga desvio de dinheiro da área de Saúde de Campinas, foram soltos ontem à noite, com habeas corpus condedido  pelo desembargador Gilberto Leme Garcia, do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), o mesmo que assinou a liminar de soltura do empresário Sylvino Godoy, dono do Grupo RAC (Rede Anhanguera de Comunicação), ontem à tarde, preso na 3ª fase da ação.

A ligação do médico e do advogado com o caso é com a Organização Social Vitale, que administrou o Hospital de Campinas por 18 meses, de junho de 2016 a novembro de 2017, quando teve o contrato rescindido pela Prefeitura após denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MP (Ministério Público) ter apontado um suposto esquema  de desvio de dinheiro e pagamento de propinas. Neste período, a empresa recebeu repasses que somaram aproximadamente R$ 200 milhões.

De acordo com o advogado de Perezi Neto, Ralph Tórtima Stettinger Filho (que também faz parte da defesa de Sylvino Godoy), “ele foi solto em razão da extensão do habeas corpus impetrado em favor de Fulgêncio pelo advogado dele, Edilênio Xavier Barreto, que está beneficiando outro presos na Operação”, explicou.

Os outro réus que devem ser beneficiados são:  o ex-diretor da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Campinas, Anésio Corat Júnior, e o ex-servidor municipal, Ramon Luciano Silva, Ronaldo Foloni, diretor da Vitale, todos presos na 1ª fase da ação, que podem ser soltos ainda hoje.

Destes, Fernando Vítor Torres Nogueira Franco, apontado como lobista,  é o único que deve permanecer preso em razão da prisão na 1ª fase. “Mas deverá ser solto muito em breve, por uma questão de isonomia”, afirmou Tórtima.

DESVIO DE DINHEIRO E PROPINA
A Operação Ouro Verde investiga desvio de dinheiro e propina no Hospital Ouro Verde e foi deflagrada em novembro de 2017, com a prisão de 6 pessoas, entre elas os diretores e donos da Vitale. Com o desdobramento da ação, o valor desviado já chega a R$ 7 milhões, e também teve representantes do 1º escalão do governo Jonas Donizette (PSB) presos, como Corat Júnior (que deve ser solto hoje) e o ex-secretário de Negócios Jurídicos de Campinas, Silvio Bernardin, preso na quinta-feira passada (22), na 3ª fase da Operação.

Tórtima também é advogado de defesa de Sylvino Godoy, dono da RAC (Rede de Anhanguera de Comunicação) e que teve habeas corpus decretado ontem, e de Gustavo Khattar Godoy, presos na 3ª fase da Operação Ouro Verde, que também prendeu o ex-secretário de Negócios Jurídicos de Campinas, Silvio Bernardin.

Veja mais informações na edição de amanhã do Jornal TodoDia e nas nossas redes sociais.

 

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