Os dois melhores clubes deste Paulistão até aqui, Palmeiras e Santos entram em campo hoje, às 19h, no Allianz Parque, com os olhos voltados, principalmente, para os seus principais goleadores. Do lado do Palmeiras, o atacante Miguel Borja convive novamente sob desconfiança. Com atuações irregulares e chances desperdiçadas, o colombiano anotou apenas dois gols em cinco partidas, média de 0,4.
Sem concorrência na frente, já que Willian está machucado e Deyverson cumpre suspensão, Borja terá a chance de mostrar, no clássico, que não perdeu o faro de gol. “Defensivamente, estamos bem postados, mas, ofensivamente, precisamos crescer, fazer o gol quando tiver oportunidades”, analisou o capitão palestrino Bruno Henrique. “O ataque teve algumas mudanças, é natural que tenha alguma dificuldade. Sabemos que temos que melhorar nossa transição, nossa finalização. O Felipão vem batendo nessa tecla.”
O santista Jean Mota, por outro lado, atravessa o auge da carreira. Sob o comando do técnico Jorge Sampaoli, o meia participou de todos os jogos, encontrou seu melhor futebol e também o instinto goleador: é o artilheiro do Paulista com sete gols (média de 0,78), justamente o total de tentos anotados pelo rival de hoje. Não à toa, o Peixe tem a melhor campanha: soma 18 pontos, quatro a mais que Verdão e Red Bull e pode garantir a classificação às quartas com quatro rodadas de antecedência, algo inédito no atual formato. Curiosamente, os dois jogadores desempenhavam papéis inversos a essa altura do torneio no ano passado.
CONTRASTE
Em grande fase, Borja havia participado das sete primeiras rodadas como titular e anotado cinco gols – um deles deu a vitória por 2 a 1 no duelo com o Santos. No final do Estadual, apesar da derrota para o Corinthians, o colombiano ficou com a artilharia, com sete tentos, como prêmio de consolação.
Do outro lado, Jean Mota ainda não havia engrenado com Jair Ventura e disputava posição com o contestado Vecchio. Nas jornadas iniciais, foi titular duas vezes e acabou acionado no segundo tempo outras três. Contra Linense e Palmeiras nem sequer saiu do banco. “O Sampaoli me deixou à vontade e mais solto. Voltei a ter confiança e a jogar com alegria. Essa é a palavra: confiança”, disse Jean Mota.