sábado, 23 novembro 2024

Ex-policial militar é condenado a 30 anos por morte de namorada

O ex-policial militar Carlos Alberto Ribeiro, de 38 anos, foi condenado pelo juri popular, hoje (06) a 30 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da balconista Lorena Aparecida dos Reis Pessoa, ocorrido n o dia 8 de setembro de 2017, em Santa Bárbara d’Oeste. A sentença foi proferida pela juíza Camilla Marcela Ferrari Arcaro que presidiu o julgamento realizado no Fórum barbarense que teve a duração de oito horas.

No dia do crime, após desentendimento, o ex-cabo da PM matou a namorada com sete tiros de pistola .40 dentro da casa dela, na Vila Aparecida. De acordo com o Ministério Público, o policial, casado com outra mulher, cometeu o feminicídio após não aceitar o fim do relacionamento com a vítima. Lorena deixou o filho, hoje com cinco anos, que teve com o próprio policial. A balconista quis terminar o relacionamento após descobrir que o policial era casado. A descoberta ocorreu durante o processo que ela moveu contra ele pela paternidade do filho.

A partir de então, Ribeiro passou a ameaçá-la e não queria o fim da relação. No dia do crime, ele viajou de São José do Rio Preto (SP), onde morava, até Santa Bárbara para matar a vítima. Ele era lotado na 1ª Companhia do 17º Batalhão da Polícia Militar de Rio Preto. Após matar a mulher, ele se apresentou na 2ª Cia da PM de Santa Bárbara e confessou o crime e foi preso conduzido ao presídio Romão Gomes, em São Paulo. Foi expulso da corporação em julho de 2018 após processo regular.

Ele foi condenado por homicídio quadruplamente qualificado acusado de ter cometido crime por motivo torpe, cruel e sem chance de defesa. O MP o acusou de crime premeditado, feminicídio e com requintes de crueldade. Atuou na acusação o promotor Rodrigo Aparecido Tiago.

REPERCUSSÃO

Acompanharam o julgamento, familiares da vítima, representantes do Conselho de Defesa da Mulher de Santa Bárbara, e outros interessados. Após sair a sentença, a irmã de Lorena, Priscila Pessoa firmou estar aliviada e feliz com o resultado do julgamento. “Agora, minha irmã vai descansar em paz. Um ciclo se encerra hoje na minha família para outro se iniciar que é criar o meu sobrinho (filho de Lorena) em paz. Quero agradecer em nome da minha família e em memória da minha irmã, a atuação do promotor e da juíza no caso”.

OUTRO

No próximo dia 27, às 13h, acontece outro julgamento de acusado de feminicídio. Nesse dia, irá a julgamento o ajudante Anderson Santana de Souza acusado de matar a jovem Bruna Dessordi em setembro de 2017, com 53 facadas. O advogado do réu, Alex Sandro Ochsendorf, disse que considerou a pena demasiadamente exagerada e que vai recorrer da sentença. Ele avalia que a repercussão do caso teria influenciado a votação dos jurados.

 

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