O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, disse que um possível adiamento das eleições municipais no Estado se torna pertinente. De acordo com o governador, a troca nas prefeituras e o próprio debate eleitoral pode atrapalhar a reconstrução dos municípios gaúchos.
Procurado pelo Estadão, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informou que, apesar do posicionamento do governo estadual, ainda não foi pautado o debate sobre uma possível prorrogação do pleito, marcado para os dias 6 e 27 de outubro deste ano, primeiro e segundo turnos respectivamente.
Integrantes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) afirmam que, por enquanto, o adiamento não esta sendo considerado, e que se o assunto chegar à Corte será discutido pela nova gestão. A partir de Junho, o tribunal será comandado pela ministra Cármen Lúcia.
Caso a mudança da data da eleição seja aprovada, terá que ser realizada uma emenda à Constituição, e o debata precisará tramitar pelo Congresso Nacional. Em 2020, por conta da pandemia de Covid-19, a Câmara dos Deputados e o Senado aprovaram a alteração do calendário eleitoral, adiando a eleição municipal que seria realizada em outubro para o mês de novembro de 2020.
O atual presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que todas as urnas eletrônicas que foram atingidas pelas enchentes serão substituídas. De acordo com o presidente, por mais que ainda não tenha uma contabilização dos equipamentos danificados, a Justiça Eleitoral tem uma reserva suficiente para suprir as potenciais perdas.
O Estado enfrenta a maior tragédia climática da história. As inundações causadas por fortes chuvas afetaram 463 municípios e mais de 2,3 milhões de pessoas de acordo com boletim da Defesa Civil do Estado divulgado nesta segunda-feira (20). Até o momento, foram registrados 157 óbitos, 88 desaparecimentos e pelo menos 581 mil pessoas estão desabrigadas.