Presidente do Partido dos Trabalhadores de Sumaré, Roberto Vensel, coordenador da campanha do candidato a prefeito Willian Souza (PT), afirmou à Polícia Civil em depoimento que teve uma arma apontada para sua cabeça e que, inicialmente, pensou se tratar de um assalto.
Dois homens foram baleados em troca de tiros com um guarda municipal de Nova Odessa, no final da manhã de quinta-feira (3), na Avenida Bárbara Blumer, em Sumaré. A ação ocorreu próxima ao escritório da campanha de Willian.
Inicialmente, GCMs (Guarda Civis Municipais) de Sumaré, que atenderam a ocorrência, afirmaram à TV TODODIA que se trataria de uma tentativa de roubo a veículo.
A campanha de Willian Souza trata o episódio como um atentado político.
De acordo com Polícia Civil, Vensel relatou em depoimento que foi abordado por dois homens enquanto chegava ao seu escritório político e que um dos criminosos sacou um revólver e apontou para a sua cabeça. O coordenador de campanha disse ainda que, imediatamente, entregou sua bolsa, acreditando se tratar de um assalto.
A polícia solicitou perícia no local e apreendeu a arma utilizada pelo guarda municipal e o revólver calibre 22 usado pelos criminosos. A arma estava carregada com sete cápsulas, sendo uma delas deflagradas.
No relato aos policiais, Vensel declarou também que o criminoso chegou a apontar a arma para sua testa e efetuar o disparo, mas o tiro falhou. A dupla recebeu voz de prisão. Baleado, um dos homens foi encaminhado ao Hospital Estadual de Sumaré.
“Estou vivo por um milagre de Deus, porque o criminoso chegou com a arma na minha cabeça e puxou o gatilho. Não foi um assalto, foi uma situação política, tanto que o criminoso que estava baleado no chão disse que faria um acordo para revelar o mandante caso não fosse entregue à polícia. É lamentável o que vem ocorrendo com a nossa campanha faltando tão poucos dias para o primeiro turno”, desabafou Vensel.
Uma nota divulgada nas redes sociais de Willian diz que “todas as medidas judiciais” serão tomadas.
“Na manhã de hoje (03) nossa campanha foi vítima de mais um ataque covarde. Dois homens armados tentaram assassinar nosso coordenador Roberto Vensel, que, por um milagre, não foi atingido por disparos de arma de fogo. Informamos aos nossos apoiadores que Roberto está bem, e que nós não vamos baixar a cabeça frente a esses ataques absurdos. Nossa campanha segue firme e forte nesta reta final, e contamos com a proteção de Deus para chegar à vitória no domingo! Neste momento, estamos na delegacia registrando o boletim de ocorrência e tomando todas as medidas judiciais. Em breve, daremos mais notícias”, traz a nota.
Willian também se manifestou sobre o episódio ainda na noite de quinta-feira.
“Pessoal, na manhã desta quinta, o coordenador da nossa campanha foi alvo de um atentado a tiros na porta do nosso escritório. Dois homens armados dispararam contra a sua cabeça quanto ele chegava para trabalhar. Graças unicamente a Deus, ele escapou. Essa foi a segunda vez em menos de uma semana que a nossa candidatura foi alvo da violência de grupos armados […] Eu e a minha família temos sido alvo de ameaças constantes. E temos vários boletins de ocorrência registrados”, disse Willian em vídeo compartilhado em redes sociais.
Por motivos de segurança, a Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Sumaré que aconteceria na tarde desta quinta-feira (3), foi transferida para a manhã da próxima segunda-feira (7).
Roubo de material de campanha e ameaças
No domingo (29), dois homens armados invadiram o barracão central da campanha de Willian e levaram 300 bandeiras, no formato Wind Banner, além das hastes para sustentá-las. O caso aconteceu enquanto uma equipe guardava os materiais. Um dos trabalhadores que estava no local foi ameaçado pelos assaltantes.
Na ocasião, ninguém ficou ferido. Um boletim de ocorrência sobre o episódio foi registrado.
Em dezembro do ano passado, a Guarda Civil Municipal de Sumaré chegou a deter dois homens por ameaça contra o então vereador Willian Souza. Os homens foram flagrados filmando a casa do candidato, no Jardim Minezotta. Na época, Willian declarou que passou a receber ameaças depois que anunciou que concorreria as eleições deste ano.
