O representante dos taxistas de Americana, João Balbino, utilizou a tribuna livre da Câmara, na sessão de ontem, para reivindicar a regulamentação das normas para os motoristas de aplicativos. A intenção seria reduzir a concorrência considerada desleal por ele. Cobrou providências dos vereadores, principalmente para sensibilizar a prefeitura para intensificar a fiscalização. O Executivo ainda trabalha no processo de regulamentação da categoria.
“A nossa situação, na verdade, é de desespero. Eu falo por mim, porém não tenho dúvida em afirmar que a situação da grande maioria dos taxistas de Americana é a mesma, de desespero por ver o serviço cair de forma drástica como caiu. Posso afirmar, sem sombra de dúvida, que caiu em 70% a procura pelo nosso trabalho”, desabafou Balbino.
Ele aponta a necessidade de regulamentar os serviços de motoristas de aplicativo. “Tem lei de faz de conta que não está sendo colocada em prática. Qualquer pessoa pega um veículo, vai lá e se cadastra. Vai fazer o serviço de transporte contrariando o CTB, porque o Código de Trânsito Brasileiro é claríssimo nisso. Ele diz que quem pode fazer transporte remunerado é táxi e ônibus”, disse Balbino.
Uma das reivindicações é a limitação do número de motoristas de aplicativos, a identificação desse tipo de transporte e a restrição de profissionais de outras cidades. Segundo Balbino, motoristas de Santa Bárbara d’Oeste, Nova Odessa e Sumaré atuam irregularmente na cidade.
Para o taxista, o número de motoristas de aplicativo cresceu muito por causa do desemprego ou para os aposentados complementarem a renda. “Americana está uma cidade sem lei, porque não tem fiscalização. Trabalham na maneira que querem Pegam passageiro na frente do ponto de táxi”, disse. Segundo Balbino, a categoria vive um drama há dois anos desde quando foi aprovado projeto de lei – que virou lei. Ele disse que a lei não é ruim, porém não foi cumprida.
“Nós taxistas estamos vivendo uma situação dramática. Eu particularmente. Pago pensão de três filhos, vi a minha renda cair 80%, vendo motorista de aplicativo trabalhando à vontade. Motoristas de todas as cidades da região atuando em Americana. E nada está sendo feito.”
OUTRO LADO
A reportagem procurou o Uber, por meio do email da empresa, mas não houve retorno até o fechamento da edição.