sexta-feira, 22 novembro 2024

Sessão da Câmara de Sumaré acaba na polícia após ameaças

A sessão de Câmara de Sumaré acabou no plantão policial ontem à noite. Um popular proferiu ofensas e ameaças de morte a todos os 21 vereadores. A sessão teve de ser suspensa por causa do tumulto generalizado. Houve princípio de pânico, porque o acusado tentou pular a grade de proteção do plenário.
Todos os vereadores foram até o plantão policial, a dois quarteirões do Legislativo, para registro da ocorrência. O acusado já está impedido de acompanhar as sessões em Campinas, pelo mesmo motivo. Haverá reforço na segurança do Legislativo de Sumaré a partir de agora.
O acusado, o consultor Rodrigo Pavane, foi detido e conduzido até o plantão policial depois de causar o tumulto. Os requerimentos e moções já haviam sido aprovados e os vereadores começariam a votar os projetos de lei. O vereador Décio Marmirolli (PSB) disse que a confusão começou ao tentar usar a palavra.
“A hora que levantei começou a agressão verbal. Ele estava sentado, se levantou, e começou a dizer que vereador não assina documento, não questiona nada, que é covarde”, relatou Marmirolli. Então começaram xingamentos.
O presidente da Câmara, William Souza (PT), disse ao acusado que não poderia se manifestar, como preconiza o regimento interno, e o popular chamou o presidente de invasor de terra, de implantar a “lei da mordaça”, entre outros xingamentos.
Em seguida, começou a ameaçar todos os vereadores de morte. “Vocês são sabem com quem estão mexendo. Vai ter muita morte”, gritava o popular, que tentou invadir o plenário. O consultor ameaçou de morte os vereadores até mesmo na delegacia, contou Marmirolli.
Segundo o parlamentar, houve pânico entre os presentes. O segurança da Câmara conteve o agressor. A Guarda Municipal foi acionada para prender o acusado. Mas não havia mais clima para a sessão continuar. Em seguida, todos os vereadores foram ao plantão para registro da ocorrência. Até o fechamento desta edição os parlamentares continuavam na delegacia.
Para Marmirolli, ele era o foco do agressor. Tanto que tentava falar com alguém ao celular. Ele acredita que o tumulto teve motivação política, porque é pré-candidato a prefeito. “Esse pode ser o cenário político que vai acontecer em Sumaré”, desabafou Marmirolli.
Os vereadores pediram a apreensão do celular do acusado para fazer uma perícia e tentar chegar ao mandante da confusão e das ameaças. O boletim de ocorrência é por ameaça, tumulto, calúnia e difamação contra os vereadores.
Segundo Marmirolli, o acusado nunca esteve na Câmara de Sumaré, mas tem conhecimento que já foi impedido de frequentar as sessões em Campinas e Valinhos pelo mesmo motivo. O acusado não estava armado, mas demonstrava estar furioso, revelou o parlamentar.
Por causa do ocorrido, o Legislativo vai tomar as medidas legais para impedir o acesso do acusado ao prédio e pedir o reforço do policiamento, revelou Marmirolli.
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