Nos dias 10 e 11 dezembro, 667 detentos das unidades prisionais da região farão as provas do Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL), 4,7% a mais em relação aos inscritos do ano passado, quando 637 se matricularam. Em todo o Estado 21.962 reeducandos prestarão a prova em 172 presídios paulistas.
O Enem PPL, realizada também pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), permite o acesso ao Ensino Superior por meio de iniciativas governamentais como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade Para Todos (Prouni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A avaliação de desempenho é focada em reeducandos que terminaram o Ensino Médio.
Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do Governo Estadual, entre as quatro cidades da região onde estão as unidades prisionais, apenas Campinas teve pequena queda no número de inscritos. Em 2024 foram 90 inscritos em Americana, 248 em Hortolândia, 290 em Campinas e 39 em Sumaré. No ano passado, foram 66 em Americana, 244 em Hortolândia, 288 em Campinas e 39 em Sumaré.
O exame tem o mesmo grau de dificuldade do Enem regular e é composto por quatro provas que, juntas, somam 180 questões e uma redação em língua portuguesa. Além de promover o acesso à universidade, a avaliação também contribui para a análise da educação como um todo.
Diferente da prova realizada agora, não haverá problemas para que os estudantes cheguem às provas, já que o exame é aplicado em sala do próprio presídio pelo Inep, com controle de órgãos de segurança.