O Dia D de combate à dengue acontece nesta quarta-feira (13) em todo estado de São Paulo como parte da Semana Estadual de Mobilização contra as Arboviroses. A iniciativa busca intensificar as ações de prevenção e conscientização da população sobre a importância de eliminar os criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue. A medida se torna ainda mais urgente diante do aumento significativo de casos da doença no estado em 2024.
O Dia D mobiliza cidades da região no embate contra o mosquito que intensificam ações de prevenção e conscientização para combater o Aedes Aegypti.
Em Americana, a Prefeitura intensificou o combate à dengue com ações educativas e mutirões, entre os dias 11 e 16 de novembro, por meio do reforço de medidas preventivas contra o Aedes Aegypti. A cidade registrou um aumento significativo de casos da doença em 2024 (leia mais abaixo) e, para conter o avanço do mosquito Aedes aegypti, a Administração Municipal promove panfletagem, exposição de maquetes, visitas domiciliares e mutirões de limpeza.
Em Santa Bárbara d’Oeste, de acordo com Thiago Salomão de Azevedo, diretor de Políticas Públicas em Saúde de Santa Bárbara d’Oeste, as ações são anuais e não, necessariamente, em datas específicas.
“Para este Dia D, o munícipio promoverá na quinta-feira, 14, ações de divulgações ao público, localizadas no Parque do Jacarandá no Terminal Central de Ônibus, onde as equipes de zoonoses estarão explicando o que é a dengue, como é transmitida, como o mosquito se prolifera e como evitar tal propagação“, explicou Azevedo.
Diante das dez mortes por dengue que Santa Bárbara d’Oeste registrou até o início desta semana, Azevedo afirmou que para não deixar que mais pessoas sejam vítimas da dengue é combater o mosquito: “O que aconteceu, infelizmente, em Santa Bárbara, neste ano, e no Brasil como um todo, é que nós tivemos a pior epidemia de dengue já registrada. Neste ano, nós temos um sorotipo especial, são quatro conhecidos, mas o sorotipo três, que há mais de 15 anos não circulava no Brasil e, consequentemente, na nossa região, fez com que o número de suscetíveis que nós tínhamos para serem infectados fosse gigante e, por isso, que nós tivemos uma grande quantidade de casos”.
Por fim, o diretor de Políticas Públicas em Saúde de Santa Bárbara d’Oeste faz um apelo à região : “tomem cuidado, primeiro para quem puder tomar a vacina contra a dengue, que estiver no público elegível, vá tomar, segundo, não deixem potes, pratos, garrafas, enfim, tudo que servir de criadouro para o mosquito proliferar, pois a gente sabe que isso é mais do que eficiente para que a epidemia tenha uma piora e seja recorrente. E o mais importante: cuidem um do outro”, enfatizou ele.
Já em Hortolândia, com o aumento dos casos de dengue, a Prefeitura está intensificando as ações de combate ao mosquito. As equipes da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) estão recebendo treinamentos para fortalecer as ações de prevenção e controle da doença, especialmente com a chegada do verão. Em paralelo, a cidade realiza visitas domiciliares, bloqueios de criadouros e ações educativas para conscientizar a população sobre a importância de eliminar os focos do Aedes Aegypti. Em paralelo ao treinamento da UVZ e à ação casa a casa, Hortolândia segue com a vacinação contra a dengue.
Questionada pela TV Todo Dia, Nova Odessa e Sumaré não responderam a nossa reportagem até o final da edição dessa matéria.
Americana e Sumaré já registraram 16 mortes por dengue em 2024
As cidades da região registram números de casos acima da média neste ano
Em Americana, 16 pessoas perderam a vida em consequência da doença desde o início do ano, assim como Sumaré, enquanto Santa Bárbara d’Oeste registrou 10 mortes, Hortolândia outras sete e em Nova Odessa três mortes.
Em relação aos casos confirmados, a cidade de Sumaré lidera com 6.587 incidências, seguida de Santa Bárbara d’Oeste, com 6.320, Americana com 4.660, Hortolândia com 4.434 e Nova Odessa com 3.902 ocorrências.
Quanto aos casos em investigação, a cidade que fica em primeiro é Hortolândia, com 1.911 incidentes, seguida de Nova Odessa, com 270, Americana com 124, Santa Bárbara d’Oeste com 115 casos em investigação e, por último, Sumaré, atingindo o número de 99.
Já em relação aos casos graves, Sumaré lidera com 34, na sequência vem Hortolândia com 19, Americana e Santa Bárbara d’Oeste empatam com quatro casos graves da doença, seguido de Nova Odessa, com apenas dois.
Ações no Estado de São Paulo
A mobilização do Governo de São Paulo envolve as secretarias estaduais da Saúde, Educação, Instituto Butantan, além da Defesa Civil, e recebe o apoio do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems). A iniciativa nesta época é considerada essencial para prevenir e conscientizar a população, municípios, organizações públicas e privadas sobre as ações para evitar a proliferação do mosquito.
Embora a dengue seja uma doença sazonal, com períodos do ano em que é possível observar uma alta na taxa de transmissão, é necessário manter a vigilância de forma contínua. Neste ano, no estado, foram confirmados mais de 2 milhões de casos da doença e mais de mil óbitos, até o início de novembro.