A Polícia Militar apreendeu 7,9 vezes mais drogas nos oito primeiros meses de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2019, foram retirados de circulação 686,574 quilos e, neste ano, 6.136,24 kg (ou 6,1 toneladas).
Em Americana, a quantidade de drogas apreendidas cresceu 544%, saltando de 10,733 kg de janeiro a agosto de 2019 para 69,145 kg, no mesmo período deste ano.
Na área do 48º Batalhão da PM, que abrange Sumaré, Hortolândia, Nova Odessa e Monte Mor, a quantidade de drogas apreendidas registrou crescimento de 914%. Saltou de 597,302 kg de entorpecentes apreendidos no ano passado para 6.053,99 kg (ou 6,05 toneladas).
Na contramão dessas cidades está Santa Bárbara d’Oeste, que viu a quantidade de drogas apreendidas despencar 83,44% no período. Em 2019, foram 78,539 kg aprendidos e, neste ano, 13,107 kg.
O cruzamento de informações foi feito pelo TODODIA e desconsiderou as apreensões feitas pelas Guardas Municipais da região, pela Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) e DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Americana.
INTELIGÊNCIA
Para o tenente-coronel Luiz Horácio Raposo Borges de Moraes, comandante do 19º Batalhão, o aumento da quantidade de drogas apreendida pode ser atribuído ao trabalho de inteligência policial e monitoramento constante dos bairros.
O comandante disse que não é possível informar os pontos críticos, porque pode ocorrer sazonalidade e porque apreensões podem ser feitas durante o transporte, sem condições de precisar o local de armazenagem e o destino.
O chefe da Seção de Comunicação Social do 48º Batalhão da PM do Interior, o capitão Reverson Zanetti Marcondes, mencionou que essa apreensão recorde está muito relacionada com a intensificação do patrulhamento.
“A Polícia Militar está normalmente nas ruas, realizando policiamento ostensivo preventivo e a manutenção da ordem pública, e intensificando as operações de inteligência, bem como contando com a colaboração do cidadão para denunciar através dos telefones de emergência 190 e canal de disque-denúncia através do 181”, explicou o porta-voz do 48º.
Segundo o porta-voz, não há como relacionar o aumento da quantidade apreendida com a “supersafra” de maconha no Paraguai e nem com o aumento do desemprego causado pela pandemia do novo coronavírus.
