A Educação de Santa Bárbara d’Oeste brilha em nível nacional. O aluno do 3º ano do Ensino Médio do Núcleo de Educação Integrada da Fundação Romi, Rafael Artur Abrantes Ferreira, foi medalhista de ouro na Olimpíada Nacional de Ciência, realizada em escolas de todo o Brasil, criada para aproximar os jovens do universo científico de forma prática e instigante.
Entre cerca de 4 milhões de participantes de mais de 5 mil municípios, Rafael foi um dos 10 melhores classificados nacionais em seu nível, sendo destaque não só na nossa região, mas em todo o estado. Ele foi o único representante de São Paulo a estar nessa solenidade.
A cerimônia de premiação ocorreu na última quarta-feira (04), no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em Brasília, e contou com a presença da ministra Luciana Santos, do secretário de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento Social, Inácio Arruda, além de estudantes e professores de várias regiões do país.
Segundo o jovem, essa emoção foi única tanto para ele, quanto para pais, professores e colegas. Rafael afirma que a notícia da conquista veio por meio de pegadinha: seus professores fingiram estarem bravos com o rendimento escolar e, ao mostrar o papel com as supostas informações escolares, havia o convite para Brasília. “Fiquei muito feliz, emocionado, mas sempre com pé no chão. Foi bem divertido. Todos ficaram felizes por mim. Mas foi um grande choque, dos 4 milhões lá tinham apenas 50 pessoas”, destaca.
Rafael esteve acompanhado pelo professor de Biologia do NEI, Lucas Roberto de Oliveira, que o apoiou ao longo da preparação, em um trabalho conjunto com as professoras Amanda Hetzl Agostineto e Rachel Deboni Papa. O estudante e o professor puderam participar, além da cerimônia, de uma visita guiada ao Congresso Nacional, como parte das atividades complementares da premiação.
Trabalho de diversos professores, Lucas destaca essa conquista como um exemplo de como a educação é transformadora e relata que espera que Rafael sirva de exemplo de inspiração não apenas para estudantes da região, mas também em nível estadual. “O que deixa a gente mais feliz é que talvez ele seja o primeiro de muitos que vão vindo e possam conseguir a mesma coisa que ele”, diz.
A edição de 2024 da ONC destacou o tema “Mulheres na ciência” e contou com a participação de mais de 4 milhões de estudantes de 5 mil municípios brasileiros, consolidando-se como uma das maiores iniciativas científicas do país.
O jovem que já medalhou em 15 olimpíadas educacionais em todo seu período escolar finaliza agora seu ensino médio com chave — ou melhor, medalha — de ouro. Rafael já teve conquista pela:
- MOBFOG-Mostra Brasileira de Foguetes
- OBA-Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica
- OQSp- Olimpíada de Química do Estado de São Paulo
- OBB- Olimpíada Brasileira de Biologia
- FEBRACE- Feira Brasileira de Ciências
- OBI- Olimpíada Brasileira de Informática
- OBR-Olimpíada Brasileira de Robótica
- OGB- Olimpíada Brasileira Geografia
- OLP- Olimpíada Brasileira de Língua Brasileira
- OMU- Olimpíada de Matemática da Unicamp
- ONHB- Olimpíada Nacional de História de Brasil
- Obmep- Olimpíada brasileira de de Matemática
- Canguru- Olimpíada de Matemática
- Obsma- Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente
- ONC- Olimpíada Nacional de Ciência
O estudante reforça que essa vitória não é apenas como algo só dele mesmo, mas sim uma conquista coletiva junto a quem colaborou para que ele chegasse até onde chegou, como seus pais e membros da escola. “Conforme vai passando você vai pegando jeito da prova e atingindo resultados melhores. O primeiro passo é só querer. Mesmo que você não consiga nada no primeiro ano, no próximo ano, como você já conhece o território da prova, você vai enfrentar ela”, destaca.
A Olimpíada
A Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) é uma iniciativa educacional que integra o Programa Ciência na Escola, promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) em parceria com diversas instituições científicas brasileiras, como a Sociedade Brasileira de Física (SBF), Associação Brasileira de Química (ABQ), Instituto Butantan, Sociedade Astronômica Brasileira e universidades como a Unicamp.
A ONC visa despertar o interesse de estudantes do ensino fundamental e médio pelas ciências naturais, incluindo áreas como física, química, biologia e astronomia. Estruturada em etapas, a competição envolve desde conceitos básicos até temas mais avançados, incentivando o aprendizado e a curiosidade científica. Anualmente, reconhece os melhores colocados de cada nível com medalhas de ouro, prata e bronze.
