A Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana) elaborou uma carta de intenções com 33 propostas para gerar empregos e renda para serem incluídas nos programas de governo dos prefeituráveis. O documento será entregue aos nove candidatos a prefeito, para responderem quais delas pretendem incluir no seu plano de governo e implementar na próxima administração, caso sejam eleitos.
O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, Wagner Armbruster, e pelo coordenador da comissão política, advogado José Almir Curciol, em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (23), na sede da entidade. Representantes do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejistas de Americana e Região) e do Fórum de Desenvolvimento Econômico da cidade também estiveram no evento. Hoje, a Acia conta com dois mil associados.
Armbruster disse que a prioridade máxima é a criação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e de um canal direto dos empresários com a pasta e a próxima administração.
“As nossas indústrias, o nosso comércio e a nossa prestação de serviço, que tanto gera riqueza e bem-estar para a cidade, muitas vezes sofre por uma decisão não muito clara, mão muito esclarecida e não muito debatida com a comunidade. Nós queremos sim participar, porque nós somos aqueles que geram riqueza para a cidade”, disse o presidente da Acia.
Foi feita uma pesquisa de campo com os associados e entidades representativas da categoria, no primeiro semestre deste ano. As propostas de uma “Americana para o Futuro” vão desde melhorias na captação de água e tratamento de esgoto, até mesmo a tão prometida revitalização do centro e dos corredores comerciais, além da reorganização da Área Azul.
Há propostas até mesmo para enxugar a máquina pública e dinamizar o Polo Têxtil. A criação de uma Zona Franca, envolvendo empresas e centros de pesquisas, também consta no documento. Também querem compromisso do próximo prefeito de proibir pedintes nas ruas e combater os camelôs e feiras de informais.
Armbruster disse que a intenção é fazer parte de um projeto para gerar o progresso da cidade. “Estamos apresentando propostas para o futuro de Americana”, disse o presidente.
Segundo ele, são os setores do comércio, indústria e prestação de serviços que mantêm a cidade em funcionamento, que geram emprego e renda e, por isso, precisam ser ouvidos pelos candidatos.
Curciol afirmou que ficou satisfeito com o resultado dos trabalhos. “Vai dar para ter um feeling sobre o sentimento do que representa o setor produtivo da cidade”, explicou o advogado.
De acordo com a entidade, a intenção é promover um encontro com cada candidato para justificarem suas respostas. Armbruster informou que a entidade sofre com as consequências de não fazer parte das decisões políticas que acontecem na cidade. Além disso, as entidades querem adoção de medidas que não se restrinjam à área central.
“Americana mudou a feição também. Nós temos que devotar uma atenção ao Centro da Cidade, sem dúvida alguma. Mas nós temos hoje um comércio muito forte também nos bairros. Nós temos vários corredores de serviços. Nós precisamos de um olhar de desenvolvimento muito claro e que seja feito todo um projeto com a nossa participação, porque nós que usufruímos, nós que participamos, nós que geramos renda para que, de fato, as coisas aconteçam. Precisamos ser ouvidos. O nosso grande clamor é que a próxima administração, seja quem for, sente e converse todas as coisas com a associação comercial e com as entidades, como o Fórum e Sincomércio”, ressaltou o presidente.