Fechado desde fevereiro de 2021 e vendido por R$ 50 milhões em leilão realizado em 2022, o campus da Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), importante polo para colaboradores, professores e alunos por décadas, ainda não tem data prevista para reabrir e depende da liberação do MEC (Ministério da Educação) para retomar as atividades. Para o diretor administrativo financeiro da Fundação Hermínio Ometto, Francisco Elíseo Fernandes Sanches, a previsão é que o aval do MEC chegue em 2025, no entanto a instituição só deve abrir para novos alunos em 2026.
“Isso é por causa do trâmite mesmo. Nós imaginamos, inicialmente, que iria ser mais rápido. Fizemos o pedido para o MEC, para autorização dos cursos. E aí, para você ter uma ideia como é o trâmite, quem faz a avaliação é um outro órgão que chama-se Inep. O Inep nomeia os avaliadores e só vieram fazer avaliação aqui no começo desse ano. E, depois disso, retorna-se ao MEC, na qual remeteu para o Conselho Nacional de Educação. Eles aprovaram em julho deste ano, mas aí ficou em trâmite interno do Conselho, até voltar para o MEC. Porém, até o momento, ele não tem mais nenhum passo a não ser a assinatura do ministro e a publicação no diário oficial garantindo”, disse Francisco Sanches.
A previsão inicial para o início das atividades era entre 2024 e 2025, com a oferta inicial de seis cursos de graduação como: Engenharia de Produção, Engenharia Mecânica e Engenharia de Computação, Administração, Sistemas de Informação e Pedagogia.
A reportagem da TV TODODIA entrou em contato com o Ministério da Educação e questionou sobre o andamento da documentação. Por meio de nota, a pasta informou que “o processo está em trâmite regular, que somente após a conclusão do processo de credenciamento, que os cursos serão autorizados e a instituição poderá iniciar suas atividades.”
“A gente está esperando que isso possa ocorrer, no final desse ano, ou talvez, no começo do ano que vem. Então, não tem mais nada de pendente. A nossa intenção era começar em 2025. Achávamos que daria certo, que esse trâmite seria mais breve. Mas, por outro lado, mesmo que saísse no final do ano, seria muito corrido”, completou o diretor administrativo.
Francisco fala sobre a relação que a FHO tem com a Unimep.
“Eu diria que formal não, mas sentimental sim. Eu falo que nós não compramos um imóvel, nós compramos uma história. Nós temos professores da FHO que se formaram aqui. Então, para nós até arrepia de falar isso, que a gente sabe quanto que esse campus representou para Santa Bárbara, para a região e para o ensino superior. Saber que aconteceu isso, a gente recebe com muita tristeza, mas também dá uma responsabilidade muito grande de a gente continuar esse legado. Fazer com que isso seja um campus que poderia ser comprado por outra coisa. E nós queremos não só oferecer o que já era aqui, mas ampliar, inclusive, a oferta de cursos aqui para Santa Bárbara e região”.