A Defesa Civil de Nova Odessa começou a monitorar o nível do Ribeirão Quilombo em tempo real. Para o acompanhamento, foi instalada uma câmera de vídeo próxima à régua de medição que fica na área da Estação de Captação de Água (ECA), na Rua Frederico Hansen, no Jardim São Jorge. Os integrantes do órgão têm acesso às imagens via internet, diretamente dos celulares.
De acordo com o órgão, a medida vai facilitar e agilizar a emissão de alertas à população ribeirinha, principalmente aos cerca de 50 imóveis, de sete bairros, historicamente atingidos pelas águas de cheias do Quilombo, que transborda da calha e atingem as ruas mais baixas da região.
Coordenador da Defesa Civil de Nova Odessa, Vanderlei Wilians Vanag explica que o nível normal do Quilombo fica 60 centímetros abaixo do marco “zero” da régua, instalada na composta de saída da água da Represa Lopes 1 para o ribeirão.
Em situações de cheia do rio, quando seu nível sobe, a régua é dividida em três cores. De zero a 80 centímetros, ainda na cor verde, é “estado de observação”. No amarelo, de 80 a 130 centímetros, é “estado de atenção”. Acima de 130 centímetros, a cidade entra em “estado de alerta”, quando o Quilombo extravasa de sua calha e as ruas mais baixas dos São Jorge e Fadel começam a receber suas águas.
O compartilhamento dessas informações em tempo real os moradores das áreas monitoradas, incluídos desde 2021 em um grupo de WhatsApp com a Defesa Civil, permite que eles também acompanhem a evolução do nível do ribeirão.
“Historicamente, alguns imóveis das áreas de risco monitoradas só começam a ser atingidas por água do Quilombo quando o nível passa dos 160 centímetros. Quando mandamos o alerta com a imagem da régua naquele momento, o morador já sabe até que ponto a casa dele é resiliente às cheias do ribeirão”, lembrou o coordenador.
Os imóveis considerados em áreas de risco de inundação pelo Quilombo estão nos jardins Conceição, São Jorge, Flórida e Fadel, Vila Azenha e Colônia (rural). Além destes, imóveis no Lopes Iglesia são indiretamente afetados quando as águas do Córrego Palmital não conseguem escoar adequadamente para o Ribeirão Quilombo quando este está “cheio”.
Vanag comenta que o próximo passo é instalar câmeras de videomonitoramento em outros pontos passíveis de alagamentos pontuais causados por córregos urbanos ou águas superficiais (enxurradas) em situações de chuvas intensas. Neste caso, os equipamentos devem ser viabilizados com apoio de empresas próximas a estes locais, que será contatadas pelo órgão através dos Programas “Empresa Amiga” e “Cidadão Amigo” da Defesa Civil do Município.