domingo, 2 fevereiro 2025
Mortes violentas

Cidades da região fecham 2024 com aumento no número de homicídios, mostra SSP

Para o especialista em segurança, coronel reformado Ronaldo Pontes Furtado, a impunidade pode contribuir com a alta
Por
Cristiani Azanha
Foto: Arquivo/TV TODODIA

A maioria das cidades da área de cobertura da TV TODODIA fechou 2024 com o aumento no número de casos de homicídio. Os episódios de mortes violentas registraram um aumento de 37,8%, em relação ao ano anterior.

Em Sumaré, por exemplo, as ocorrências passaram de 22 para 27 casos; em Americana, as ocorrências do gênero saltaram de 10 para 14; Santa Bárbara d’Oeste, de quatro para seis; e em Nova Odessa, que havia registrado apenas um caso, teve quatro casos de mortes violentas.

A exceção na região foi Hortolândia, onde o indicador despencou. Em 2023, foram registradas 24 mortes violentas, enquanto no ano passado foram 11.

Especialista defende normas operacionais mais enérgicas| Foto: Reprodução/TV TODODIA

Especialista em segurança, o coronel reformado Ronaldo Pontes Furtado comenta que a impunidade pode ser um fator para contribuir com o aumento dos registros.

“A incidência desse crime pesa em cima de vítimas que foram executadas por conta de brigas entre quadrilhas ou em decorrência de tráfico de drogas. O que nos chama a atenção é o requinte de crueldade. Geralmente, ocorrem vários tiros, os corpos são abandonados em locais ermos para dificultar a identificação da vítima. Isso faz com que gere a sensação de impunidade e induz o autor a cometer outros crimes”, explica Furtado.

Furtado comenta que a maior parte dos homicídios está relacionada ao tráfico de drogas, que, por sua vez, abastece outros crimes como furto, roubo e latrocínio (roubo seguido de morte).

O coronel também defende a inovação com procedimentos mais enérgicos por parte da polícia no atendimento às ocorrências, principalmente aquelas consideradas mais complexas.

“Os governos federal e estadual precisam aprimorar novas normas operacionais para os policiais atuarem de forma mais preventiva ou repressiva. Não há outra forma de fazer ‘polícia’ sem energia, isso induz a algumas reações e acidentes acontecerão, mas se isso não houver a gente não faz a retração do crime”, destaca o especialista.

Segundo Furtado, a intensificação das operações nas fronteiras  e rodovias podem ajudar no combate aos diversos crimes, incluindo o tráfico de armas.

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