Segundo a nota técnica do Observatório PUC-Campinas, mesmo com as últimas flexibilizações, a pandemia continua afetando a atividade econômica da RMC. A queda produtiva, que limitou oportunidades de emprego e causou redução na renda da população, deve atrasar a recuperação da economia, aponta a análise.
Para o economista Paulo Oliveira, que coordena as notas técnicas referentes ao coronavírus pelo observatório, a retomada depende da capacidade de consumo das famílias, das políticas de gastos públicos e da recuperação da economia internacional.
Além disso, o aumento do dólar, indicando possível movimento inflacionário, deve causar impacto nos preços.
“Neste contexto, a retomada da demanda interna, seja via consumo das famílias, seja via gasto do governo, deverá ser acompanhada de políticas de mitigação do aumento de custo de insumos como, por exemplo, a valorização do real em relação ao dólar”, destaca o docente extensionista, reforçando a tese de que a recuperação depende de fatores além das aberturas.