sexta-feira, 18 outubro 2024

Asilo de Nova Odessa é fechado pela Justiça

O Centro de Acolhimento ao Idoso El Shaday, interditado desde novembro, em Nova Odessa, foi fechado definitivamente por decisão judicial desta sexta-feira (02). A decisão tornou definitiva a tutela concedida que determinava a interdição total e definitiva do El Shaday. O local está proibido de atender idosos sob pena de multa diária de R$ 1 mil por pessoa acolhida. 

A ação ainda pede que o Centro devolva, caso ainda não tenha feito, eventuais cartões e outros documentos de idosos que moram no local, também sob pena de multa diária de R$ 1 mil por cartão ou documento. 

Em nota, a Prefeitura destacou que em 8 de novembro a Vigilância Sanitária interditou, após fiscalização, a casa de repouso, então estabelecida na Rua Anchieta, no Centro. 

Na ocasião, foram encontradas 11 mulheres que eram atendidas em condições precárias. “Os fiscais encontraram uma série de irregularidades, como alimentos vencidos, falta de higiene e uma idosa dormindo no chão. No local ainda foram localizados medicamentos fracionados indevidamente, número insuficiente de funcionários, além de uma série de inconformidades”, informou a administração. 

A Vigilância deu 48 horas para que as idosas fossem reintegradas às famílias e o prédio desocupado. “A vistoria final do imóvel vazio foi realizada pelo órgão municipal na tarde de 14 de novembro e acompanhada pelo advogado representante a empresa”, disse a administração. 

A casa de repouso havia sido vistoriada outras duas vezes em 2019: em setembro, quando foi fechada pela Vigilância após decisão judicial a pedido do Ministério Público; e no início do ano, quando funcionava em um imóvel no Jardim Santa Luiza. 

Cerca de 50 irregularidades, entre elas número insuficiente de funcionários e problemas de higiene e infraestrutura, foram constatadas, segundo a prefeitura. 

O centro de acolhimento vinha sendo autuado pela prefeitura desde 2017, por falta de alvará sanitário, ausência de laudo técnico de avaliação, instalações físicas inadequadas, entre outras irregularidades. 

“Para driblar a fiscalização, os proprietários transferiram as atividades para outros imóveis, descumprindo a ordem judicial. A Secretaria de Saúde alerta que, quem precisar contratar os serviços de uma clínica, deve verificar antes, junto à Vigilância Sanitária, se o espaço tem alvará, se atende às normas sanitárias, à legislação e se tem número adequado de profissionais para atendimento”, encerra a nota. 

A reportagem falou com uma das proprietárias do asilo. “O prédio se encontra vazio e eu não faço mais parte da sociedade. Essa casa não existe mais”, declarou.

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