A Justiça marcou o júri popular de César Francisco Moranza Júnior, 54 anos, para o dia 28 de agosto, a partir das 9h. Ele responde pelo duplo homicídio e ocultação de cadáver de Fernanda Silva Bim, 44, e do filho dela, Maurício Silva, 24, além de tentativa de homicídio contra a ex-sogra, de 67 anos, e furto. O julgamento será realizado no Fórum da cidade. O crime ocorreu em outubro de 2023, na Vila Santana, em Sumaré.
Com relação ao outro réu, Aristides Moranza Neto, 41, o processo foi desmembrado. Ele foi pronunciado “exclusivamente” por ocultação de cadáver, pois, de acordo com o Ministério Público, teria ajudado o primo a se livrar dos corpos das vítimas. Aristides ainda aguarda o resultado do recurso da defesa encaminhado ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

De acordo com denúncia apresentada pela promotora Mariana de Melo Saraiva Marangoni, César manifestou intenção homicida, impelido por motivo torpe, empregando meio cruel e recurso que dificultou a defesa das vítimas.
A motivação dos crimes teria ocorrido por conta de uma dívida que César tinha com Fernanda e devido às constantes cobranças. No dia do crime, mãe e filho teriam sido atraídos para uma residência vazia na Vila Santana, em Sumaré, onde foram mortos com disparos de revólver calibre 32. Partes dos corpos foram cortados e abandonados em uma área rural de Santa Bárbara d’Oeste.
Ainda segundo a promotora, a mãe de Fernanda, que na época tinha 67 anos, foi agredida com golpes na cabeça, mas sobreviveu. O principal suspeito foi César também teria furtado um celular.
O advogado Rodolpho Pettená Filho, que representa César, antecipou que a linha de defesa será pela absolvição, pois acredita que as provas contra seu cliente foram insuficientes.
“Como César alega inocência e que não teve nenhuma participação desses fatos, eu, como defensor, não recorri ao Tribunal de Justiça para que fosse submetido ao julgamento com maior brevidade possível. Haja vista, a possibilidade de ser absolvido, tendo em vista a fragilidade da prova acusatória”, explica o defensor.
O réu, que está preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Hortolândia, será escoltado até ao fórum para acompanhar a audiência.