segunda-feira, 25 novembro 2024

Após pressão, pediatria no HES será mantida

Após pressão de políticos locais e representação do Ministério Público, o governo do estado recuou hoje e anunciou que a ala de pediatria do HES (Hospital Estadual de Sumaré) será reaberta.

“A Secretaria de Estado da Saúde fará um aporte financeiro de R$ 1,6 milhão para garantir a permanência do atendimento Pediatria no HES, com retomada imediata deste serviço. A medida foi definida devido à necessidade de manutenção deste atendimento para a região, garantindo a perenidade do atendimento pediátrico de enfermaria, UTI, atendimentos referenciados e cirurgias de urgência”, informou pasta, em nota.

O HES, que atende 750 mil pessoas, anunciou o fechamento de alas de oftalmologia e pediatria e a suspensão de procedimentos após ter o repasse de verbas reduzido pelo Governo do Estado de São Paulo.

Devido à redução de 6,5% no repasse estadual, o sindicato que representa os funcionários do HES estimou que pelo menos 100 trabalhadores seriam demitidos. A Diretoria Executiva da área da saúde da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), que administra o HES, aponta que os cortes provocariam suspensões de pelo menos 7 mil exames, 17 mil consultas e 4,5 mil cirurgias ambulatoriais, com o fechamento do serviço de oftalmologia, da enfermaria e urgência referenciada de pediatria.

Políticos da região se mobilizaram. O presidente da Câmara de Sumaré, Willian Souza (PT), entrou com uma representação no Ministério Público local contra o fechamento das alas. O MP questionou então o governo do estado sobre a medida. Prefeituras de Hortolândia e Sumaré também se movimentaram para argumentar contra a medida estadual.

Cinco vereadores de Sumaré apresentaram ofício de abertura de uma CAR (Comissão de Assuntos Relevantes) na Câmara para investigar o corte de verbas para o HES, único hospital que presta atendimento pelo SUS no município e recebe pacientes de toda a região de Campinas.

Até então, o governo do Estado alegava que a assistência à população da região de Campinas estava garantida. “O Hospital Estadual de Sumaré é um Pronto Socorro referenciado e teve o perfil mantido. Haverá adequações na enfermaria pediátrica devido à ociosidade – a ocupação chegou a atingir somente 45% na enfermaria, com demanda predominante de média complexidade que pode ser absorvida pela rede primária, com possibilidade de ampliação pelas prefeituras. As UTIs pediátrica e neonatal serão mantidas”, era a posição do estado na semana passada.

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