Com tantos candidatos para serem escolhidos, o eleitor teve que recorrer à ajuda da colinha e dos “santinhos”- papeis com nome e número dos candidatos-, já que seria complicado memorizar os números de seis pessoas diferentes.
A aposentada Elizabete Chiaranda, 61, disse que escolheu os candidatos somente na véspera da eleição, e que a demora aconteceu justamente porque queria analisar bem todas as opções. “Agora que votei eu me sinto muito melhor porque sei que cumpri o meu dever cívico”, disse.
Aos 69 anos, o aposentado Carlos Cordenunsi, também fez questão de comparecer às urnas, apesar da dificuldade de locomoção. Ele votou na Escola Estadual Heitor Penteado, no Centro. Mesmo com o pé quebrado em virtude de uma queda, ele disse que a votação era a única forma que tinha para estagnar a crise no país. Ele disse que escolheu seu candidato a presidente pelas propostas que vinha acompanhando pela TV. Com relação aos outros cargos, confessou que pegaria um santinho na rua e decidiria na hora seu voto.
Na contramão de Cordenunsi, Rodrigo Soares, 49, defendeu a importância do voto consciente. “O voto tem que ser de acordo com as melhores propostas, por isso, temos tanto tempo para escolher àqueles que acreditamos ser os melhores”.
NO CHÃO E NO PEITO
Uma cena frequente nas escolas foi a dos famosos “santinhos” jogados no chão – o que é considerado crime eleitoral. Na escola Ary Menegatto, no bairro São Vito, por exemplo, mesmo não sendo mais colégio eleitoral a reportagem flagrou centenas de santinhos nos dois portões de acesso, mesma cena vista em outros colégios e em ruas próximas a eles.
A camiseta com nome dos candidatos ou com cores alusivas a algum partido político, apesar de estar permitida nesta eleição, não figurou como preferência entre a maioria dos eleitores.
Uma jovem eleitora do PT, de 22 anos, que preferiu não se identificar, foi uma exceção. Vestida com uma blusa vermelha e com um adesivo com o número de seu candidato colado no peito, ela se mostrava confiante. “Já que está liberado o uso de camisetas essa é a minha forma de ajudar o candidato que eu acho o mais preparado para governar o nosso país”, disse.