segunda-feira, 25 novembro 2024

Tabagismo e álcool, vilões da garganta

No início de outubro, o mundo lamentou a morte do guitarrista Eddie Van Halen, vítima de câncer de laringe, comumente chamada de garganta. A doença deve ser diagnosticada em 7.650 pessoas no Brasil em 2020, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), e tem uma taxa de mortalidade alta devido ao diagnóstico tardio.

Em 2018, ano mais recente do balanço do Inca, a doença matou 4.455 brasileiros, sendo 3.859 (86,6%) homens – é o 10º câncer que mais mata a população masculina.

Segundo o médico Augusto Mota, oncologista da SBOC (Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica), isso se dá porque os fatores de risco estão mais associados ao comportamento masculino. Os principais causadores do câncer de laringe são hábitos de vida não saudáveis, como fumar e beber em excesso, com risco potencializado quando ambos estão associados.

Há, em menor número, registro de casos em decorrência de refluxo persistente – quando o ácido estomacal volta pelo tubo digestivo e irrita a garganta – e de infecção pelo HPV.

Uma parte expressiva dessas pessoas só é diagnosticada em estágios avançados, quando a chance de sobrevida pode ser menor que 10%.

O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Sem diagnóstico precoce, a alternativa de tratamento se restringe a cuidados paliativos.

Os principais fatores a observar devem levar em conta o tempo de permanência. Ferida, rouquidão e dificuldade de engolir por dor ou sensação de garganta obstruída que perdurem por 21 dias devem ser analisadas por um profissional, que pode ser um otorrinolaringologista, um dentista ou um cirurgião de cabeça e pescoço.

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