Um dos alicerces da Agemcamp (Agência Metropolitana de Campinas), a Câmara Temática de Saúde vai retomar a discussão para assumir a regulação de vagas, consultas e cirurgias exclusiva para os 20 municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas) – e outros 22 que integram o DRS-7 (Departamento Regional de Saúde) de Campinas. Hoje, o controle dos serviços é feito pelo estado.
O tema deve voltar à pauta já na próxima reunião da Câmara, marcada para o dia 18 de junho.
O assunto foi tratado nesta semana pelo diretor-executivo da Agemcamp, Bill Souza, e pela diretora do DRS-7 e coordenadora da Câmara Temática de Saúde da RMC, Mirella Povinelli, a pedido do presidente do Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas, Gustavo Reis (MDB), que também é prefeito de Jaguariúna.
Atualmente, uma única Cross (Central de Regulação de Ofertas de Serviços da Saúde) atende todo o estado de São Paulo, por meio de um sistema online. Assim, sempre que um município solicita determinado serviço de saúde ou leito, por exemplo, o sistema busca uma vaga disponível em várias unidades (não apenas nos hospitais estaduais) na região de origem do paciente e, eventualmente, em todo o estado, conforme o recurso necessário, determinando para onde a pessoa deve ser encaminhada.
Um projeto-piloto para que a Central de Regulação fosse regionalizada, visando dar mais agilidade aos processos, chegou a ser lançado em outubro de 2018. O objetivo era regular, na ocasião, uma média de 6 mil solicitações mensais em urgência, emergência e mais 200 ofertas da rede de oncologia. Mas o projeto não avançou.
“O governo estadual tem sido muito sensível e solícito com os pedidos da Região Metropolitana de Campinas no que diz respeito à disponibilização de leitos, consultas e cirgurgias em hospitais e unidades de saúde de referência. Uma grande prova disse foi a inauguração do (Ambulatório Médico de Especialidades) de Campinas, que hoje, por uma questão lógica, vem atendendo exclusivamente pacientes com Covid-19. Porém, a pandemia veio para nos demonstrar que a discussão da regulação regional é fundamental e precisa ser retomada”, afirmou Bill Souza.
“Trata-se de um tema muito importante para a RMC e, sem dúvida, vamos discutir a sua retomada já na próxima reunião da Câmara Temática da Saúde, agora em junho. Além disso, debateremos também um projeto de telereabilitação pós-Covid que nos foi apresentado pela Unicamp, cujo objetivo é capacitar profissionais da área da Saúde de todos os municípios da região”, disse Mirella Povinelli, do DRS-7.