O número de presos flagrados com pequenos aparelhos de celular engolidos subiu de cinco para 22 entre 2017 e 2018, aumento de 340%.
Somente em janeiro deste ano, a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) já flagrou, em unidades prisionais na RMC (Região Metropolitana de Campinas), dois presos com os equipamentos no sistema digestivo, nos CPPs (Centros de Progressão Penitenciária) de Hortolândia e de Campinas.
A maioria das ocorrências foi detectada pelos agentes de segurança por meio de scanner corporal, detector de metais ou atitudes suspeitas do detento que o levam a ser submetido a exames de Raio-X.
Geralmente, os casos ocorrem com presos que tentam retornar às cadeias com aparelhos (em sua maioria microcelulares) após saídas temporárias, ou então com detentos que tentam usar o próprio corpo para ocultar os objetos proibidos durante as revistas de rotina nas celas das cadeias.
Em 2017, dois sentenciados morreram em regiões distintas do Estado de São Paulo depois de engolir aparelhos.
Uma das formas utilizadas pelos presos para tentar burlar a segurança é engolir pequenos celulares amarrados a um fio dental (para que possa ser puxado de volta). Outros literalmente engolem o objeto para depois expelir por meio de vômito ou evacuações. Segundo a SAP, já houve casos em que foram necessárias intervenções cirúrgicas.
Ainda segundo a Secretaria, na RMC a unidade que mais registrou em 2018 e 2017 números de ocorrências desse tipo foi o CPP de Hortolândia, com 19 casos no ano passado e 4 em 2017.