sexta-feira, 22 novembro 2024

Murilo Sartori foca na Olimpíada

Uma das principais promessas da natação brasileira, o americanense Murilo Sartori enxerga, aos 17 anos, uma real oportunidade de chegar à sua primeira Olimpíada. Para tanto, o jovem atleta retornou aos treinamentos na piscina do Centro Cívico da Colina, após férias de 15 dias, com um único pensamento: o Troféu Brasil, a seletiva brasileira da modalidade para os Jogos de Tóquio 2020, que acontece em abril no Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro. 

Ao TODODIA, Sartori comenta o fato de estar próximo de estrear na maior competição esportiva do planeta. “É muito legal ter essa oportunidade. Todo nadador sonha representar o seu país em uma Olimpíada. É treinar bastante e saber que isso é, sim, algo possível”, comentou. 

No Troféu Brasil, o americanense estará participando de três provas: os 100, 200 (onde foi bronze no Mundial júnior) e 400 metros nado livre, além da possibilidade de integrar as equipes de revezamento. Nas disputas individuais, os dois melhores vão à Tóquio Já no conjunto os cinco primeiros colocados, desde que atinjam o índice, garantem presença nas Olimpíadas. 

O nadador traz sua expectativa para a competição. “Na preparação para cada uma dessas distâncias vale bastante o trabalho mental, visualizar a prova, saber o que tem que ser feito sem se preocupar com as raias do lado. É chegar lá e executar da melhor maneira possível”, disse. 

O seu treinador, Fábio Cremonez, analisa as chances de seu comandado na seletiva. “A chance maior, teoricamente, é no revezamento. No individual, apesar dele participar dos 100, a probabilidade maior fica para os 200, que ele está a 37 centésimos do índice, e os 400, onde a diferença em relação ao melhor tempo do Murilo é de três segundos”, explicou. 

A seletiva olímpica para a natação do Brasil acontece entre os dias 20 e 25 de abril. De acordo com comunicado divulgado pela CBDA, os índices em cada uma das provas em que Murilo está inscrito no Troféu Brasil são: 100 livre (48seg57), 200 livre (1min47seg02) e 400 livre (3min46seg78). 

EVOLUÇÃO 

Há quatro anos, ainda infantil, Sartori acompanhou os Jogos pela TV, agora, tem a chance de participar de uma Olimpíada. O nadador fala de sua evolução nas últimas temporadas. “Eu sabia que tinha uma chance e, crescendo ano a ano, 2020 era uma possibilidade muito grande. É trabalhar para evoluir cada vez mais e tornar isso possível”, frisou. 

O atleta aponta a importância de participar de competições internacionais, como foi o Mundial júnior ano passado. “Ali eu posso estar mais perto dos melhores do mundo e saber o que tenho que fazer para chegar até eles. Me torno mais maduro, diferente de competições como o Paulista e o Brasileiro, onde costumo ganhar com larga vantagem. Esse tipo de experiência é essencial para o meu crescimento”, afirmou. 

PREPARAÇÃO 

Antes da seletiva, Murilo participará de outras competições, como explica o técnico Fábio Cremonez. “Vamos ao Peru em fevereiro e, em março, planejamos um ou dois torneios, para avaliar o que ainda precisa ser feito, os ajustes para que ele possa chegar da melhor forma possível no Troféu Brasil” ressaltou. 

Cremonez não descarta, em caso de vaga, uma preparação para os Jogos no exterior. “O Murilo tem alguns convites de universidades americanas, com bolsas muito boas. Hoje, a nossa estrutura aqui, uma boa piscina, aquecida, depende dos pais, de doações, então, em caso de vaga, realmente, o melhor caminho pode ser ir para fora para finalizar a preparação”, contou. 

AMERICANA 

Além de Murilo, outros bons valores da natação americanense vêm conquistando resultados expressivos nas categorias de base, o que mostra que outros atletas da cidade, em breve, podem estar atuando em nível olímpico. “Tem muita gente na equipe inclinada à chegar nesse mesmo estágio, mas tudo vai de uma melhor condição, para tanto temos que alinhar esses pontos com o poder público”, explicou o treinador. 

Em caso de meta atingida por Sartori na seletiva, será a primeira vez que um nadador de Americana estará presente em uma Olimpíada. O município teve nomes importantes na modalidade, como as irmãs Patrícia e Milene Comini, porém, nunca alcançou uma vaga nos Jogos. 

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