Um total de 73.171 eleitores de Paulínia estão convocados a escolher neste domingo (1º) o futuro prefeito da cidade, que comandará o município com maior PIB (Produto Interno Bruto) per capita do país até o fim de 2020.
Serão 203 urnas em sessões espalhadas por 23 locais de votação na eleição suplementar marcada pela Justiça Eleitoral após a confirmação da cassação do prefeito eleito Dixon Carvalho (PP) e do vice-prefeito Sandro Caprino (PRB), em maio deste ano, em Brasília (DF). Eles foram condenados em 2016 por abuso de poder econômico.
Neste domingo, os cidadãos paulinenses terão de escolher entre nove candidatos registrados pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo).
O eleito será diplomado até o dia 4 de outubro, de acordo com o órgão. O futuro prefeito vai administrar a cidade por pouco mais de um ano, já que 2020 é ano de eleições municipais.
PROPAGANDA
Hoje é o último dia para a divulgação da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão e para a propaganda política em reuniões públicas ou comícios.
O prazo para o uso de aparelhagem de som fixa, entre 8h e 24h, também acaba nesta quinta-feira. Paulínia tem 28,6% dos eleitores com biometria, o que representa 20.949 pessoas, segundo a Justiça Eleitoral.
A maioria dos eleitores (71,37%, ou seja, 52.222 eleitores) ainda não realizou o cadastro, que se encerra em 19 de dezembro.
Para votar neste domingo, porém, não é preciso ter feito a biometria obrigatória. Basta comparecer à seção eleitoral portando, preferencialmente, o título de eleitor e um documento com foto.
As 203 sessões serão abertas às 8h, com horário de votação até 17h. Quem não comparecer ao local de votação tem até 31 de outubro para justificar a ausência, segundo o TRE.
Apesar de lamentar ter que votar novamente, a corretora de imóveis Silvia Pires, 50, vê o novo pleito com esperança. “Não é muito legal a gente ter uma eleição suplementar no momento. Se não tivesse havido problemas de corrupção, isso não estaria acontecendo. É importante que a gente possa escolher certo agora, espero que a população esteja bem consciente porque todos estão sofrendo”, disse.
De 2013 para cá, Paulínia teve 12 prefeitos em um ambiente de instabilidade política. Desde novembro de 2018, a cidade é administrada interinamente por determinação da Justiça.
Em 2016, os eleitores de Paulínia deram 17.798 votos a Dixon, o que significou 34,37% do total de votos válidos, que foram 51.787.
A soma de brancos, nulos e abstenções no mesmo pleito foi de 17.733, segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). É quase o número absoluto de votos que levaram Dixon a se eleger prefeito.
NOVE CANDIDATOS DISPUTAM A PREFEITURA
São nove as chapas na disputa em Paulínia. O atual prefeito interino, Antonio Miguel Ferrari, o “Loira” (DC), concorre ao pleito e tem como candidato a vice Adilson Domingos Censi, o “Palito” (PROS).
A disputa tem a esposa do ex-prefeito Edson Moura, Nani Moura (MDB), ao lado do guarda municipal Cícero Brito como vice.
O empresário Tuta Bosco (PPS) e seu vice, o ex-vereador Dr. Gustavo Yatecola (Avante) também tentam a prefeitura, assim como a ex-vereadora Angela Duarte (PRTB) e sua vice Paula Benites.
O PSOL tem como candidatos Marcelo Barros e Rose Abreu (vice) e, pelo PT, concorrem Custódio Campos e a vice Jucimara Souza.
O eleitorado de Paulínia também pode votar em Coronel Furtado (PSC), que tem como vice Kielson Prado (PMB), ou no candidato a prefeito Capitão Cambuí (PSL), com Júlio César Peluque, da PM (Polícia Militar) de São Paulo, a vice.