Um incêndio devastou na manhã desta terça-feira a Cooperlírios, cooperativa de reciclagem que funciona no Jardim dos Lírios, em Americana. As chamas destruíram toneladas de resíduos sólidos que estavam estocados. No momento do incidente, 23 pessoas estavam no local.
Os trabalhadores tentaram conter o fogo com extintores, mas foi em vão. O material de alta combustão – papel, papelão e plástico, principalmente – virou cinzas em minutos. Esta é a segunda vez, em menos de três meses, que um incêndio atinge a cooperativa da Rua das Seriemas, uma das mais antigas da cidade. O fogo atingiu parte do barracão onde os cooperados trabalhavam, mas ninguém se feriu.
Não se sabe ao certo o que provocou o incidente. Os policiais circularam pela gleba, ouviram depoimentos e analisam diversas hipóteses. Testemunhas disseram ter ouvido um estalo forte, quando o trator amontoava o entulho para a posterior separação do material.Desconfia-se que podia existir uma bateria de automóvel no meio do lixo, ou qualquer equipamento que tenha provocado faísca.
O fato é que as chamas se expandiram. Os próprios cooperados, impotentes, pediram socorro ao Corpo de Bombeiros. Viaturas da corporação, de Americana e Santa Bárbara, se deslocaram para o Jardim do Lírios. A Defesa Civil também trabalhou na ocorrência e até caminhão-pipa do DAE (Departamento de Água e Esgoto) prestou ajuda.
As ruas ao redor da cooperativa foram interditadas. Nada menos que 30 mil litros de água foram usados no combate às chamas, ao longo de seis horas.
“A cooperativa está preventivamente fechada. Equipes da prefeitura ajudam na remoção do material queimado, na limpeza, organização e recuperação da estrutura danificada”, informou o secretário municipal de Obras, , Adriano Camargo Neves. Os próprios cooperados começaram, ontem mesmo, a separar materiais que ainda podiam ser aproveitados. Ali mesmo ou em outra cooperativa.
OUTRA VEZ
A Cooperlírios teve outro incêndio de grades proporções, no dia 11 de agosto. Até hoje não se se sabe qual foi a causa do incidente. Os policiais falaram na época da suspeita de ação criminosa. Mas nada foi provado até hoje.
Os incêndios também são comuns nos ecopontos, espaços organizados para a recepção de materiais que não são levados pelos caminhões da coleta. Estocam móveis velhos, por exemplo. Neste ano, para se ter uma ideia, chamas já consumiram o material depositado nos ecopontos do Antônio Zanaga e no Jardim Boer.